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Vacaria Acelera no Motocross: Pista Pronta, Entusiastas Ativos e Oportunidade em Alta

Pista de alto nível já atrai pilotos de fora e coloca Vacaria no radar do motocross gaúcho

Vacaria Acelera no Motocross: Pista Pronta, Entusiastas Ativos e Oportunidade em Alta

Vacaria não precisa começar do zero no motocross — pelo contrário. O município já conta com uma das pistas mais técnicas e bem avaliadas do Rio Grande do Sul, localizada no CAT (Centro de Atividades de Vacaria). O circuito é elogiado por pilotos experientes, recebe treinos frequentes de pilotos de cidades vizinhas e tem capacidade para sediar competições estaduais e nacionais.

O que Vacaria tem, portanto, é um cenário pronto para crescer. A cidade reúne estrutura natural, entusiastas engajados e um ambiente fértil para consolidar o motocross como um dos esportes de maior identidade local. Falta apenas algo simples: mais gente na pista.

Essa foi a principal mensagem de Evandro Dotti e Ezequiel Dotti, pai e filho e dois dos principais representantes da modalidade em Vacaria, durante o episódio 13 do podcast Acelera Diário, do Diário de Vacaria com Lucas Barp e Rodrigo “Digão” Fonseca. Com anos de dedicação ao esporte, eles hoje mantêm a prática ativa e apostam no potencial do município para ir além.

Pista elogiada, solo ideal e estrutura natural já disponíveis

A pista construída no CAT foi projetada com bom traçado, aproveitando o relevo e o solo da região. Isso permite a prática com menos desgaste de equipamento, melhor desempenho técnico e segurança para treinos e competições. Não à toa, pilotos de cidades como Caxias do Sul procuram Vacaria para treinar.

“A nossa pista não tem pedra, o que protege pneus e suspensão. Os caras de fora adoram vir pra cá. Já teve até duas etapas do Gaúcho realizadas aqui”, explica Evandro Dotti. O terreno já está consolidado, e segundo os próprios pilotos, com pequenos ajustes de estrutura externa — como luz e sanitários — o local teria totais condições de sediar etapas nacionais.

Motocross pronto para crescer: o que falta é mais gente envolvida

Segundo os Dottis, o esporte está em plena oportunidade de expansão. O que se busca agora é atrair novos pilotos, novos apoiadores e novas iniciativas para dar movimento ao que já existe. Hoje, Vacaria tem poucos atletas locais praticando de forma constante, o que representa um espaço aberto para quem quiser iniciar.

“Temos pista, temos espaço, temos ambiente. O que falta é gente usando mais. A porta tá escancarada pra quem quiser começar”, diz Ezequiel. Ele reforça que o motocross, ao contrário do que muitos pensam, não exige experiência prévia para começar. Basta vontade e cuidado com segurança. “A pista aceita qualquer nível. A gente ajuda, dá dica. É só aparecer”, convida.

Associação ativa quer promover mais eventos e formar novos pilotos

A cidade conta com uma associação dedicada ao motocross, presidida por Evandro. Mesmo em fase de reestruturação, a entidade já conversa com a prefeitura e produtores de eventos para promover infraestrutura no local para trazer uma Copa Vacaria. A ideia é usar a competição como vitrine para mostrar o que a cidade já tem e atrair novos participantes.

“Já falei com o Fernandinho. A ideia é fazer uma Copa e talvez voltar com o Gaúcho”, comenta Evandro. Ele reforça que a pista está pronta. “O que a gente precisa agora é reunir mais gente, especialmente pilotos locais. Quanto mais gente na pista, mais fácil é movimentar o esporte”.

Velocross como porta de entrada e pista compartilhada

Vacaria também vive um crescimento no velocross — modalidade semelhante, porém sem obstáculos. A pista do CAT é compartilhada entre os dois estilos, o que permite que iniciantes no velocross ganhem experiência e eventualmente façam a transição para o motocross.

“Hoje o pessoal novo tá vindo mais pelo velocross, e isso é ótimo. Já é meio caminho andado. A moto é parecida, o ambiente é o mesmo. Basta querer experimentar os saltos”, diz Ezequiel. A própria pista está preparada para esse perfil de piloto: quem quer andar no seu ritmo, de forma gradual, encontra espaço e apoio.

Manutenção e apoio logístico vêm dos próprios entusiastas

Toda a estrutura atual se mantém graças ao esforço de quem acredita no motocross local. Evandro, por exemplo, utiliza suas próprias máquinas de terraplanagem para manter a pista em boas condições. Ele faz manutenção constante, principalmente após chuvas, garantindo que o espaço esteja sempre disponível.

“Se chove, eu vou lá. Se forma buraco, eu ajeito. E quem quiser andar, anda. É pista aberta”, afirma. Apesar da ausência de apoio logístico mais robusto, a comunidade se organiza como pode.

Ambiente de treino é técnico e desafiador, ideal para quem quer evoluir

A pista de Vacaria é reconhecida por sua complexidade técnica. Isso atrai atletas em busca de desempenho e aprimoramento. Para Evandro e Ezequiel, a qualidade do terreno, somada ao relevo, oferece desafios reais que simulam situações de corrida — o que é fundamental para quem quer competir.

Ezequiel reforça que treinar em pista lisa demais não prepara para competição. “Corrida é buraco, canaleta, barro. Quanto mais difícil o treino, mais preparado o piloto chega”. Ele lembra que as corridas são em pistas diferentes a cada etapa, e por isso, variar o tipo de treino é essencial.

Provas regionais colocam Vacaria no circuito do motocross estadual

Evandro e Ezequiel são presenças frequentes em provas pelo estado. Participam atualmente do Pro Honda, campeonato regional com várias etapas no RS. Eles andam em categorias técnicas como MX1 Intermediária, Força Livre, e categorias por idade. A cada fim de semana, representam Vacaria nas pistas e reforçam o nome do município no motociclismo esportivo estadual.

“Esse fim de semana vamos correr em Arvorezinha. Já fomos vice-campeões, já ganhamos categorias. Só falta mais gente daqui acompanhando”, diz Evandro.

Vacaria tem todos os ingredientes para virar referência

A cidade já tem a base montada: pista, pilotos experientes, espaço físico, clima favorável e localização estratégica nos Campos de Cima Serra. O que está faltando não é pista — é uso. A palavra de ordem agora é ocupar. Os Dottis, com suas histórias, mostram que é possível manter o esporte vivo mesmo com recursos limitados. E mais: que há espaço para muitos outros entrarem na mesma pista.

“É uma oportunidade pra quem quer começar. Não precisa muito. Um capacete, uma moto, uma vontade. E a gente ajuda no resto”, reforça Ezequiel. A comunidade está pronta para receber mais gente — de Vacaria e de fora — que queira acelerar com segurança, técnica e paixão.

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