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Será que poderemos ajudar Brigadianos e Bombeiros?

Brigadianos e Bombeiros merecem ajuda.

A informação que se tornou pública pelo escritor e colunista Fabricio Carpinejar é de cortar o coração. Sim, se você teve na sua infância um(a) policial ou bombeiro(a) como seu super-herói favorito vai entender bem o que estou falando.

A linha de frente dessa tragédia foi feita é verdade por muitos policiais, bombeiros e uma comunidade totalmente ombreada.

Acontece que enquanto a comunidade estava engajada por todos as suas voltas, os policiais e bombeiros estavam com as suas famílias em casas alagadas e arrastadas, longe de pais e mães ou filhos e filhas.

Vou usar um dado para você entender exatamente o que estou falando: são cerca de mil policiais militares que perderam casas ou tiveram prejuízos incalculáveis. Homens e mulheres da linha de frente dessa tragédia.

Espere um pouco se você já começou a me julgar.

Eu não estou falando ainda das outras centenas de profissionais que estavam ajudando, irei falar deles em outras oportunidades. Falo destes por uma razão bem particular.

Falo de quem por forças maiores, leia-se o Estado, não vai sair por aí pedindo ajuda, ou algo parecido.

Para muitas pessoas essa conta é mesmo do Estado e deve ficar por isso mesmo. Isso complica ainda mais.

Ou seja, esses policiais e bombeiros estão agora, enquanto você está lendo este texto, porque o tempo segue instável, pensando e atundo para os(as) atingidos(as) com uma invisibilidade, um anonimado quase que sufocante.

Clamamos para que o Estado acelere o que for possível, financiamentos, empréstimos, auxílios, mas até lá, para que eles continuem a cuidar de nós, precisamos fazer algo, se colocar no lugar deles nessa hora, por exemplo, pode nos fazer entender a urgência da situação.

Escrevo assim, porque dar voz a eles é tão importante quanto levar a cesta básica ou ajudar como for possível. E ainda, porque aqui em Vacaria, nossos policiais militares e bombeiros não foram atingidos.

Ilustre Comandante Geral da Brigada Militar Cláudio dos Santos FEOLI reescrevo o que lhe escrevi hoje, neste sábado. Ilustre Coronel Eduardo Estêvam Camargo Rodrigues, do Corpo de Bombeiros, da mesma forma.

Se for possível, na sua grandeza, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, abra um precedente: permita que um brigadiano, ou um bombeiro de uma área não atingida, seja um padrinho/madrinha de quem foi atingido, e deixe a comunidade fazer a parte dela.

Permita que a comunidade retribua o que viu todos esses tristes dias, dessa miserável enchente, que só não nos naufragou, porque não tinha ideia de como somos um povo com façanhas, que queremos que sirvam de modelo a toda terra.

Nos deixe, pelas mãos de quem confiamos, retribuir.

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