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Prevenção antes da tragédia: contenção emergencial evita deslizamento na ERS-122

Estar um passo à frente pode ser a diferença entre a normalidade e uma tragédia. Foi com essa convicção que a CSG, concessionária responsável por trechos estratégicos de algumas rodovias do Rio Grande do Sul, decidiu agir de forma imediata e contundente diante do risco iminente de deslizamento no km 81,6 da ERS-122, em Caxias do Sul.

Após as chuvas de maio de 2024, que causaram estragos em diversas regiões do estado, técnicos identificaram instabilidade crítica no talude localizado nas proximidades da Linha 40. O cenário apontava para a possibilidade concreta de colapso da encosta, com sérias implicações para motoristas, moradores e toda a estrutura da rodovia.

Mesmo sem previsão contratual para esse tipo de intervenção, a CSG investiu R$ 20 milhões na obra emergencial. A decisão de agir com rapidez, antes que o pior ocorresse, evitou uma possível tragédia e evidenciou o papel da engenharia preventiva na preservação de vidas humanas.

Risco real de deslizamento motivou resposta técnica urgente

Durante os trabalhos iniciais de retaludamento no trecho, sinais de movimentação do maciço rochoso foram detectados. A resposta foi imediata: especialistas foram acionados para avaliar a gravidade da situação e propor soluções definitivas.

“Notamos que o maciço estava se deslocando. Considerando a magnitude do perigo iminente, atuamos com celeridade nas obras de porte considerável para a estabilização do maciço, de modo a evitar uma possível tragédia no local”, afirmou Ricardo Peres, diretor-presidente da CSG.

A obra incluiu limpeza e supressão vegetal, terraplanagem, instalação de bueiros e canaletas, além da implantação de drenos horizontais profundos (DHPs), fundamentais para impedir o acúmulo de água no interior da encosta. A etapa final contemplou aplicação de concreto projetado e instalação de tela de aço eletrossoldada, garantindo estabilidade ao maciço.

Investimento não previsto no contrato reforça compromisso social

A intervenção no km 81,6 não constava no contrato de concessão firmado entre a CSG e o Governo do Estado em 2023. Ainda assim, a concessionária assumiu os custos com recursos próprios, priorizando a segurança coletiva.

“Os recursos que foram aplicados nessas emergências são oriundos do caixa da CSG. Então, ao invés dos recursos serem aplicados nas obras constante do contrato, foram direcionadas para as obras emergenciais, por uma questão de responsabilidade social que a CSG tem.” explicou Peres.

O redirecionamento foi uma medida excepcional, motivada pela gravidade da situação.

Obra integra plano emergencial de resposta a eventos climáticos extremos

A conclusão da obra faz parte de um conjunto de ações adotadas pela CSG após as chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Além do caso de Caxias do Sul, outras intervenções emergenciais de menor porte foram realizadas em trechos sob responsabilidade da concessionária.

O episódio demonstrou a importância de incluir medidas de prevenção e resposta rápida nos contratos de concessão rodoviária, especialmente diante da intensificação de eventos climáticos extremos.

ERS-122 é eixo estratégico para a Serra e exige atenção constante

A ERS-122 é uma das principais vias de ligação da Serra Gaúcha com outras regiões do estado. O trecho onde foi realizada a obra é intensamente utilizado por veículos de carga e por moradores locais. Qualquer interrupção ou acidente grave ali impactaria a economia e a mobilidade da região.

Com a estabilização definitiva da encosta, o tráfego foi normalizado e não há mais riscos de novos deslizamentos. A obra representa, na prática, um reforço estrutural duradouro para a segurança viária do trecho.

Concessão da CSG abrange 271,5 km e prevê R$ 4,6 bilhões em investimentos

Iniciada em fevereiro de 2023, a concessão operada pela CSG cobre 271,5 km de rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul. A empresa é responsável pela totalidade da ERS-122, ERS-240 e ERS-446, além de trechos da RSC-453, BR-470 e RSC-287.

As vias atendem importantes municípios como Bento Gonçalves, Farroupilha, Caxias do Sul, Vacaria, Montenegro, São Leopoldo, entre outros.

O contrato de 30 anos prevê R$ 4,6 bilhões em investimentos, com foco em duplicações, implantação de terceiras faixas, melhoria na sinalização, atendimento 24h, manutenção e segurança viária.

Lições do episódio reforçam papel da engenharia preventiva em tempos de crise climática

O caso da ERS-122 deixa uma lição clara: prevenir custa menos do que reparar, e pode custar muito menos do que lamentar. Em tempos de instabilidade climática, obras como a entregue em Caxias do Sul mostram que a infraestrutura precisa se antecipar aos riscos, agindo com base técnica, agilidade e responsabilidade social.

O episódio também reforça a importância de contratos de concessão com cláusulas flexíveis para enfrentar situações de calamidade, permitindo respostas rápidas quando a vida da população está em jogo.

Uma obra que não aparece, mas salva vidas

A intervenção no km 81,6 da ERS-122 dificilmente será lembrada por sua grandiosidade visual. Mas será lembrada, nos bastidores técnicos e institucionais, como uma decisão que evitou perdas maiores.

É o tipo de obra silenciosa, mas essencial, pouco visível ao público, mas com papel decisivo na segurança da região. Um exemplo de como a ação certa, no momento certo, pode fazer toda a diferença. Porque proteger vidas não é custo: é prioridade.

Fotos: Romulo Gomes Pereira e Leandro Cotrim

CSG, Diário de Vacaria, Obras, Rio Grande do Sul, Trânsito, Vacaria

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