Marcelo Aimi fala sobre ECD, ECF e a importância do planejamento tributário
No mais recente episódio do podcast do Diário de Vacaria, Marcelo Aimi, gerente de contabilidade da Patrimônio Escritório Contábil, compartilhou sua expertise sobre um tema de grande relevância para o empresariado: o planejamento tributário e as obrigações assessórias ECD e ECF.
Durante a conversa, ele explicou como a gestão adequada da carga tributária pode ser decisiva para a saúde financeira das empresas, além de destacar a importância do acompanhamento contábil regular e a atualização constante em relação às mudanças fiscais.
O que é o planejamento tributário?
O planejamento tributário é um processo fundamental para qualquer empresa, independentemente do seu porte. Segundo Marcelo, a carga tributária no Brasil é notoriamente alta, o que exige que as empresas estejam sempre atentas às melhores opções de tributação disponíveis, como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
O objetivo principal é garantir que o empresário pague o menor valor possível de tributos, dentro da legalidade, sem prejudicar a operação do negócio.
Marcelo enfatizou que o planejamento tributário não deve ser visto como algo opcional ou secundário. “A partir do momento em que uma empresa faz o acompanhamento tributário corretamente, ela pode identificar economias significativas e, consequentemente, investir mais em sua operação”, afirmou.
Ele explicou que o acompanhamento tributário vai além da simples escolha de um regime tributário. É necessário analisar uma série de fatores, como faturamento, número de empregados e o nicho de mercado em que a empresa atua. Essas informações são essenciais para que o contador possa aconselhar qual o regime mais adequado, seja o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.
Frequência do acompanhamento tributário
Outro ponto importante abordado por Marcelo Aimi foi a necessidade de se realizar o acompanhamento tributário de forma regular. No caso da Patrimônio, o processo é feito trimestralmente, garantindo que a empresa esteja sempre atualizada com as obrigações fiscais e podendo tomar decisões mais informadas.
“Realizamos uma análise detalhada a cada três meses. Nesse período, verificamos se a tributação adotada está sendo a mais eficiente ou se é necessário realizar ajustes para otimizar o pagamento de impostos”, explicou Marcelo.
A prática de acompanhamento periódico permite que o empresário mantenha uma visão clara da saúde financeira do negócio, sem ser surpreendido no fim do ano fiscal com um resultado abaixo do esperado. Marcelo reforçou que essa regularidade é fundamental para o sucesso do planejamento tributário, uma vez que as mudanças na legislação podem impactar diretamente a empresa.
ECD e ECF: Obrigações assessórias cruciais
Durante o podcast, Marcelo também falou sobre as obrigações assessórias que fazem parte do dia a dia de qualquer empresa: a ECD (Escrituração Contábil Digital) e a ECF (Escrituração Contábil Fiscal). Essas obrigações, impostas pelo governo, visam garantir que as empresas reportem adequadamente suas movimentações contábeis e fiscais.
A ECD consiste na escrituração dos livros contábeis de forma digital, e deve ser enviada até o dia 30 de junho do ano subsequente. Já a ECF, que compreende a escrituração contábil fiscal, deve ser entregue até o dia 31 de julho do ano seguinte. No entanto, devido às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente, o governo prorrogou os prazos para 30 de setembro e 31 de outubro, respectivamente.
Marcelo ressaltou que essas obrigações são de extrema importância e que seu descumprimento pode acarretar penalidades severas para as empresas, incluindo multas pesadas e maior escrutínio por parte da Receita Federal. “O governo está cada vez mais rigoroso em relação ao cumprimento dessas obrigações. Por isso, é fundamental que os empresários mantenham um diálogo constante com seus contadores e fiquem atentos aos prazos”, alertou.
Consequências do não cumprimento das obrigações
Empresas que não enviam a ECD e a ECF dentro dos prazos estipulados estão sujeitas a penalidades que podem comprometer a continuidade do negócio. Marcelo explicou que as multas por atraso são consideráveis e que a Receita Federal pode começar a observar com mais atenção aquelas empresas que não cumprem suas obrigações em dia.
“Quando uma empresa falha em entregar essas obrigações no prazo, ela corre o risco de cair na ‘lista negra’ da Receita Federal, o que pode gerar mais auditorias e complicações futuras”, comentou Marcelo.
Ele também destacou que, além das multas, a falta de acompanhamento tributário adequado pode resultar em erros na escolha do regime tributário, levando a um pagamento indevido de tributos e a um possível comprometimento do fluxo de caixa da empresa. “É fundamental que o empresário tenha uma relação próxima com o contador para garantir que todas as informações estejam corretas e sejam entregues dentro dos prazos legais”, afirmou.
O papel estratégico do contador
No cenário atual, o contador deixou de ser apenas um profissional que organiza a contabilidade da empresa. Ele agora desempenha um papel estratégico na tomada de decisões empresariais. Marcelo destacou que o contador, mais do que nunca, é um aliado dos empresários, oferecendo suporte na escolha de regimes tributários, no acompanhamento de mudanças fiscais e na elaboração de relatórios financeiros.
“Hoje, o contador não é mais apenas um guardador de livros. Ele é um parceiro essencial para o sucesso da empresa, ajudando o empresário a tomar decisões baseadas em dados e a garantir que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas”, concluiu Marcelo.
Para saber mais sobre o planejamento tributário, a importância da ECD e da ECF, e como esses temas podem impactar a sua empresa, não deixe de ouvir o episódio completo do podcast do Diário de Vacaria. Acesse agora e mantenha-se atualizado sobre os principais assuntos que afetam o seu negócio!
