PATRAM Apreende Pele de Onça em Estabelecimento de Reciclagem sem Licença

Na última quinta-feira (14/03), a PATRAM de Vacaria realizou uma operação de fiscalização em estabelecimentos potencialmente poluidores na cidade de Bom Jesus.

Durante a ação, a guarnição constatou a presença de um empreendimento de triagem e armazenamento de resíduos sólidos que operava sem licença de operação e sem cadastro na prefeitura, além de não possuir CNPJ.

No interior do estabelecimento, os agentes da PATRAM encontraram uma pele de onça-pintada, uma espécie ameaçada de extinção, sem qualquer documento que comprovasse a origem do material.

Diante desses fatos, foi elaborado um Termo Circunstanciado pelos crimes ambientais de guardar produtos da fauna silvestre sem autorização, agravado pela condição de ser uma espécie ameaçada de extinção, com a pele sendo apreendida. O estabelecimento também foi autuado por funcionar sem licença ambiental.

Durante a inspeção, foram identificadas perfurações na pele do animal, possivelmente causadas por disparos de arma de fogo.

A PATRAM realizou um levantamento fotográfico e georreferenciamento do local, elaborando um Auto de Constatação que foi encaminhado ao Ministério Público, à Divisão de Fauna da SEMA-RS e à prefeitura para as devidas providências.

Essa ação reforça o compromisso do Comando Ambiental, conhecido como “O Braço Verde da Brigada Militar”, na proteção e preservação da fauna e flora da região.

Desafios e Soluções Contra a Caça Ilegal de Animais Silvestres no Brasil

A caça ilegal de animais silvestres, como a onça pintada, é um problema grave no Brasil. Apesar de ser proibida pela Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/1967), a atividade persiste e coloca em risco a biodiversidade do país.

A caça ilegal de animais silvestres, incluindo a onça-pintada, representa um sério desafio no Brasil, resultando na morte de mais de 10 milhões de animais anualmente, de acordo com dados do IBAMA. Essa prática criminosa, proibida pela Lei de Proteção à Fauna, persiste em diversas regiões do país, especialmente na Amazônia, no Cerrado e na Mata Atlântica, ameaçando a biodiversidade e provocando desequilíbrios ecológicos.

A caça ilegal é motivada pelo tráfico de animais, consumo de carne, comércio de peles e penas, e outras atividades ilícitas. Isso coloca em risco espécies emblemáticas como a onça-pintada, o mico-leão-dourado, o jacaré-de-papo-amarelo, a arara-azul e o papagaio-verdadeiro, entre outras.

Os prejuízos causados por essa prática vão além da perda de vidas animais, afetando também o turismo e outras atividades econômicas que dependem da preservação da fauna silvestre. Além disso, a caça ilegal contribui para a extinção de espécies e perturba o equilíbrio dos ecossistemas.

Para enfrentar esse problema, é fundamental intensificar a fiscalização e aplicar punições mais rigorosas aos responsáveis pela caça ilegal. Além disso, a educação ambiental desempenha um papel crucial na conscientização da população sobre a importância da preservação da fauna silvestre e os impactos negativos da caça ilegal.

O apoio a ONGs e entidades que atuam na proteção da fauna silvestre também é essencial para fortalecer as ações de conservação. Denúncias de atividades ilegais podem ser feitas ao IBAMA através do número 0800 61 8080 e à Polícia Ambiental pelo Disque 190.

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