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Irmã Adelide, Zilma Caieron e Regene Mariano marcam o início da cobertura sobre o hospital

Em Vacaria, o Hospital Nossa Senhora da Oliveira é presença constante na vida da comunidade, mas nem sempre sua realidade é conhecida em profundidade. Muitas vezes, o que se ouve sobre o hospital reflete percepções parciais ou informações que se distanciam do que de fato acontece no dia a dia da instituição.

Essa distância natural entre a rotina hospitalar e o olhar da população acaba gerando dúvidas, interpretações imprecisas e uma curiosidade legítima sobre como tudo realmente funciona. Tornar visível esse cotidiano, com seus avanços, limitações e oportunidades de melhoria, é um passo importante para fortalecer a confiança e o diálogo com a comunidade.

Com o desejo de aproximar cada vez mais o hospital da comunidade, o Jornal Diário de Vacaria decidiu abrir um espaço especial voltado à saúde e procurou o HNSO.

A proposta é construir um diálogo aberto, transparente e informativo, mostrando com clareza os bastidores da instituição: seus desafios, suas conquistas e o trabalho silencioso de tantos profissionais.

A direção do hospital acolheu com entusiasmo essa iniciativa. A partir de agora, semanalmente, você que acompanha o Diário de Vacaria vai poder acompanhar uma série de conteúdos que ajudam a entender melhor o HNSO.

Começar pela história é reconhecer a base sobre a qual tudo foi construído, inclusive a capacidade de enfrentar e superar obstáculos. Antes de tratar da realidade atual, é preciso entender a origem da força que mantém o Hospital por todas essas décadas.

Ao completar nove décadas de existência, o Hospital Nossa Senhora da Oliveira (HNSO), em Vacaria, não é apenas uma instituição de saúde, mas um verdadeiro marco histórico, cultural e afetivo da região dos Campos de Cima da Serra.

Este é o ponto de partida escolhido pelo Diário de Vacaria para abrir uma série de conteúdos que vai aproximar a comunidade da rotina do único hospital da cidade, com olhar sensível e comprometido com a informação.

Irmã Adelide, Zilma Caieron e Regene Mariano marcam o início da cobertura sobre o #HNSO de #Vacaria

Em um podcast especial do Diário de Vacaria, a diretora-presidente do hospital desde 2007, Irmã Adelide Canci, e as professoras Zilma Maria de Moraes Caieron e Regene Maria Lucchese Mariano, autoras do livro comemorativo Hospital Nossa Senhora da Oliveira: Uma história de coragem, determinação e amor, contaram como foi o processo de resgate histórico da instituição.

O resultado é um relato emocionante, repleto de memórias, curiosidades e conexões humanas que ultrapassam o tempo.

Um hospital que pertence a todos

Logo no início da conversa, Irmã Adelide destacou a emoção de estar acompanhada pelas autoras do livro. Ela lembrou que a obra é fruto de um trabalho coletivo, que representa as vivências de milhares de pessoas ao longo de 90 anos.

“A história do hospital é uma construção coletiva. Praticamente todas as famílias de Vacaria têm uma ligação com o hospital, seja por nascimento, tratamento ou trabalho”, afirmou.

O nascimento do livro: um desafio e um compromisso

A professora Zilma contou que a ideia de escrever o livro surgiu de um profundo desejo de preservar a memória do hospital. Ainda que já tivesse experiência com a escrita, essa foi sua primeira obra de fôlego.

O trabalho foi intenso: reuniões, pesquisas em livros antigos, entrevistas com funcionários e irmãs, visitas aos setores do hospital. “Foi um desafio, mas também uma missão. A cada página escrita, nos conectávamos com a história da cidade e da região”, declarou.

Regene, emocionada, lembrou que se envolveu profundamente no processo e que foi a partir da parceria com Zilma que surgiu a estrutura do livro. “Ela foi detalhista e cuidadosa, e juntas fomos descobrindo o caminho. A Irmã Adelide nos deu acesso irrestrito à biblioteca do hospital, onde através de livros antigos redescobrimos nomes e histórias esquecidas”.

Das origens de Portugal ao chão vacariense

O livro começa em Portugal, resgatando a lenda de Nossa Senhora da Oliveira e os eventos históricos que, de alguma forma, estão conectados à origem da devoção. Relatos da batalha de Aljubarrota e a conquista do trono português ajudam a contextualizar a tradição religiosa que chegou até o Brasil.

Na sequência, o foco se volta para a Vacaria dos Pinhais, o povoamento, as lendas locais sobre a santa e a chegada das Irmãs de São José. Segundo Zilma, o objetivo era justamente fazer um resgate o mais completo possível: “Queríamos recuar o máximo que pudessem os registros para depois irmos contando o avanço”.

As irmãs que construíram com as próprias mãos

Um dos aspectos mais marcantes do livro é o reconhecimento ao trabalho das irmãs que fundaram e mantiveram o hospital por décadas. Irmã Valentina Francisquini, por exemplo, era responsável pelos serviços gerais e carpintaria. Elas literalmente fabricavam tijolos, carregavam massa e levantavam as estruturas do hospital.

Relatos como o da Irmã Lourdes também emocionam: “Trabalhávamos até o meio-dia, almoçávamos e à tarde carregávamos tijolos”. “Fazíamos quase tudo com quase nada”, dizia outra religiosa, também em memória.

O hospital como espelho da comunidade

O livro apresenta também as conexões entre as histórias pessoais da população e o cotidiano do hospital. Muitos dos entrevistados nasceram, trabalharam ou tiveram familiares atendidos ali. Como disse Regene, “a construção desse livro também é um resgate de quem somos”.

Histórias de coragem, como a de funcionários que enfrentaram um acidente coletivo com dezenas de feridos, ou de médicos que doaram o próprio sangue em situações críticas, revelam a força da equipe do hospital ao longo das décadas.

Passado, presente e futuro de mãos dadas

Ao final do livro, Irmã Adelide destaca que a obra não é um encerramento, mas um ponto de partida para o futuro. Segundo ela, compreender o passado é essencial para projetar o que ainda está por vir.

“Estamos vivendo o presente com responsabilidade, mas de olho em tudo aquilo que ainda precisa ser feito. O hospital segue em movimento, crescendo junto com a cidade e se preparando para novos desafios, sem nunca perder sua essência.”

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