Crimes, decreto de prisão, fuga, ataque e morte em Bom Jesus: as tristes escolhas de Geovane

Trajetória de crimes e violência chega ao fim em confronto com a Brigada Militar

Geovane Matias Maciel, 18 anos, morreu na manhã desta terça-feira (4), em Bom Jesus, após atacar um policial militar com uma faca durante uma abordagem da Brigada Militar. O criminoso, que possuía extensa ficha criminal desde os 14 anos, incluindo furtos, roubos, agressões e um latrocínio registrado em 2022, foi neutralizado pelo brigadiano, que agiu para salvar a própria vida.
Entenda a expressão neutralizado: neutralizado é um termo técnico usado para descrever a ação de interromper uma ameaça. Ou seja, quando um criminoso ou agressor é impedido de continuar oferecendo risco à vida de policiais, de terceiros ou da própria sociedade. Neutralizar não significa, necessariamente, matar. Pode significar: Desarmar o agressor, Imobilizá-lo, Ferir de forma que ele não consiga continuar atacando, Em casos extremos, levar o agressor à morte, se essa for a única forma de cessar o risco imediato.
Incêndio criminoso e prisão preventiva decretada
Nos últimos dias, Geovane voltou a aterrorizar. No dia 1º de março, ele foi identificado como responsável por incendiar a casa da ex-esposa, na Vila da Alegria.
A residência foi destruída e uma casa vizinha também sofreu danos. Bombeiros Voluntários de Bom Jesus, com apoio dos Bombeiros de Vacaria, combateram as chamas. Após o crime, a Polícia Civil colheu evidências e solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi decretada no mesmo dia.
Fuga, furtos e ameaças contra a própria família
Mesmo com a ordem de prisão, Geovane seguiu foragido e, no dia 3 de março, furtou uma motocicleta para continuar em fuga. Durante a tentativa de escapar, sofreu um acidente, mas conseguiu fugir mesmo ferido.

No mesmo dia, o próprio pai do criminoso procurou a Brigada Militar relatando que temia ser morto pelo filho, após ouvir rumores de que Geovane planejava assassiná-lo.
Ataque brutal e reação rápida salvam vida de policial
Na manhã desta terça-feira (4), Geovane foi localizado em um veículo de transporte por aplicativo. A guarnição da Brigada Militar realizou a abordagem. Enquanto os policiais realizavam os procedimentos de identificação, Geovane sacou repentinamente uma faca e desferiu um golpe no abdômen de um dos policiais.
Diante da agressão inesperada e da iminente ameaça à própria vida, o policial reagiu efetuando disparos que neutralizaram o agressor. Geovane foi socorrido e encaminhado ao hospital de Bom Jesus, mas não resistiu aos ferimentos.
O policial atingido foi protegido pelo colete balístico que salvou sua vida.
Família e comunidade reféns do histórico de violência
Além dos crimes contra a sociedade, Geovane carregava um histórico de ameaças e agressões contra familiares, vizinhos e especialmente sua ex-esposa. Por anos, a família viveu sob medo constante, temendo as reações violentas e imprevisíveis do criminoso.
Esse histórico reforça o impacto devastador de escolhas criminosas, que destroem não apenas a vida do próprio infrator, mas deixam marcas profundas em quem convive de perto com a violência, principalmente neste momento, onde a família, mais uma vez, é a que mais sofre.
Segurança pública e a importância do enfrentamento qualificado
A morte de Geovane Matias Maciel não é apenas o fim de uma longa trajetória de crimes e escolhas ruins, mas também um reflexo direto de escolhas que colocam ilusoriamente a violência e a criminalidade acima da lei.
Nesta trajetória, Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros estiveram reforçando mais uma vez o compromisso das forças de segurança em proteger a sociedade.