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Entre o Bisturi e a Palavra: O Legado Humano do Dr. José Camargo em Vacaria

Escrito em 21/10/2025. Postado em Destaque Diário de Vacaria, Saúde e Bem-Estar.

Estudio

O podcast especial do Diário de Vacaria reuniu, em uma mesma mesa, nomes de peso da medicina. Lucas conduziu o encontro marcado pela emoção, pela reflexão e pela defesa da medicina como um ato profundamente humano.

Entre os convidados, o cirurgião torácico Dr. José Camargo, um dos maiores especialistas do país e patrono da 43ª Feira do Livro de Vacaria, o médico Dr. Pedro Fett, referência regional em atendimento e dedicação, e a médica e rotariana Dra. Isadora Guazzelli da Costa Rodrigues, que atua na saúde pública do município.

Entre o Bisturi e a Palavra: O Legado Humano do Dr. José Camargo em Vacaria

O episódio foi mais do que uma conversa sobre medicina — foi um mergulho na essência da profissão, no vínculo entre médico e paciente, e na importância da empatia em tempos de tecnologia acelerada.

Gratidão como essência da medicina

Logo no início, Dr. José Camargo expressou a emoção de reencontrar pessoas na Feira do Livro de Vacaria e receber manifestações de carinho. “A gratidão é o sentimento mais nobre da relação com as pessoas para quem faz medicina”, afirmou. Ele contou como, ao longo dos anos, percebeu que muitos pacientes guardam palavras ditas em momentos de fragilidade e transformam esses gestos em memórias duradouras.

“Às vezes, eles lembram frases que eu nem tenho certeza de ter dito”, contou entre risos. “A história vai sendo recontada e ganha contornos de afeto, e o que sobra é a gratidão. É isso que sustenta o médico.”

Estudio

Dr. Pedro Fett, por sua vez, reforçou o mesmo sentimento. Conhecido na comunidade por seu comprometimento, relatou que cada ligação na madrugada é uma oportunidade de retribuir a confiança do paciente. “O compromisso nasce quando o paciente escolhe o médico. E a partir daí, é minha obrigação fazer o melhor por ele”, afirmou.

A testemunha e o sentido da vocação

Inspirado pela palavra “testemunha”, Lucas destacou o sentido profundo dessa ideia — o médico como alguém que vive a verdade de sua vocação. Dr. Camargo contou o episódio que marcou seu destino na medicina: ainda estudante, no quarto ano da faculdade, atendeu um paciente gaúcho que descrevia seus sintomas com tanta intensidade que ele ficou sem palavras.

“Eu não sabia o que perguntar, mas ele achou que eu o ouvi como ninguém. Naquele dia, prometi a mim mesmo que seria o médico que ele acreditava que eu já era.”

O cirurgião destacou a perda de um dos maiores encantos da medicina contemporânea: a relação pessoal. “Antes, o paciente dizia: ‘meu médico’. Hoje, diz: ‘meu convênio’. Perdemos o vínculo humano e afetivo que sustentava a confiança.”

A máquina e o coração humano

A conversa avançou para um tema inevitável: a tecnologia e a inteligência artificial na medicina. Lucas não perdeu a oportunidade: “As relações humanas estão evoluindo na mesma velocidade que os equipamentos?”.

Dr. Camargo foi enfático: “Jamais podemos permitir que a máquina substitua o humano. Ela é uma parceira, não uma ameaça. O problema não está na tecnologia, mas na pobreza das relações.”

O médico defendeu que sentimentos e empatia ainda não podem ser traduzidos em algoritmos. “Enquanto as máquinas não tiverem sentimentos, nós continuamos inalcançáveis por elas”, completou.

O médico como especialista em gente

Ao ser questionado sobre o que os novos médicos precisam resgatar, Dr. Camargo foi categórico:

“Depois de dez anos de formado, se o médico não se tornou especialista em gente, é porque não ouviu seus pacientes”.

Ele criticou o distanciamento criado pelo excesso de tecnologia e pela pressa nos atendimentos. “Quando o estudante entra na UTI e olha só os monitores, ele esquece que o paciente está ali, assustado, com todos os sensores da alma ligados. A tecnologia muitas vezes assusta mais do que conforta.”

O cirurgião lembrou da tradição de aprendizado à beira do leito, em que os professores levavam alunos para conversar com os pacientes. “Hoje, a medicina se transformou em uma sala cheia de telas. Perdemos o contato humano.”

Humanidade e empatia: o olhar do outro lado

“O médico começa a ser mais humano quando olha para o paciente e pensa: ele é igual a mim — talvez melhor. Quando esse pensamento chega, a prepotência vai embora.”, destacou Dr. José Camargo.

O médico lembrou que a relação médico-paciente é uma das mais intensas que existem entre dois desconhecidos. “É a relação não amorosa mais densa que se pode ter”, definiu.

Histórias que curam e ensinam

A conversa tomou um tom mais inspirador quando Dr. Camargo contou episódios de sua própria trajetória. Em um relato emocionante, descreveu o encontro com Dr. Antunes, o médico lendário que inspirou sua carreira. “Quando criança, ouvi histórias de pacientes tão graves que ‘nem o Dr. Antunes conseguiu salvar’. Pensei: é isso que quero ser.”

Décadas depois, o destino os uniu em uma cirurgia. “Ele entrou na minha sala com dois nódulos no pulmão. Operá-lo foi como fechar um ciclo. Choramos juntos. O melhor choro de chorar é esse. Esse é bom.”

Transplantes: a fronteira da vida

Um dos momentos mais marcantes da entrevista foi a discussão sobre transplantes. Dr. Camargo lembrou sua participação pioneira em cirurgias que colocaram o Brasil no mapa mundial da medicina. “Fizemos o primeiro transplante de pulmão fora dos Estados Unidos com doador vivo. O paciente era um menino de 12 anos que dormia ajoelhado porque não conseguia respirar deitado.”

Ele descreveu a cena da entrada do garoto no bloco cirúrgico como “a mais emocionante da carreira”. E emocionou a todos ao contar que, 15 anos depois, o jovem sobreviveu, casou e o convidou para ser padrinho. “Disse que ele era uma pessoa corajosa — a cada 15 anos, fazia algo de alto risco. Primeiro o transplante, depois o casamento”, brincou.

Doar é perpetuar a vida

Quando o tema da doação de órgãos surgiu, a fala de Dr. Camargo se transformou em lição de humanidade. “A doação é o encontro entre dois sentimentos opostos: a dor da perda e o gesto de generosidade. Por isso, a conversa sobre doação precisa acontecer quando todos estão bem, não no momento da morte.”

O médico relatou casos comoventes, como o de uma mãe que doou os órgãos do filho e, décadas depois, o procurou para agradecer. “Ela me disse que queria se matar, mas lembrou que quatro mães não chorariam o mesmo choro por causa do gesto dela. Trinta e cinco anos depois, ela me agradeceu por ter dado sentido ao sofrimento dela.”

O desafio da doação no Brasil

Dr. Camargo também apontou o contraste entre potencial e realidade no país. “Temos até 80 potenciais doadores por milhão de habitantes por ano, mas só 15% das doações se concretizam. Muitas mortes encefálicas nem são comunicadas.”

Ele lamentou a queda do Rio Grande do Sul, que já liderou o ranking de doações, e elogiou Santa Catarina, que hoje é exemplo nacional.

Dr. Pedro Fett acrescentou que Vacaria já iniciou a captação de córneas e busca expandir o programa. “É o primeiro passo para integrar a região a uma rede de doação e salvar mais vidas”, destacou.

O pulmão e o futuro da saúde

Na parte final, Dr. Camargo alertou sobre os impactos do cigarro eletrônico. “O vape é criminoso. Ele é cinco vezes mais rico em nicotina que o cigarro comum. Está viciando adolescentes e antecipando doenças pulmonares em 25 anos.”

A Dra. Isadora reforçou a gravidade do problema entre jovens e a necessidade de educação em saúde. “Estamos vendo crianças usando cigarro eletrônico como se fosse brincadeira. Isso é alarmante.”

O cirurgião explicou que a principal causa de transplantes de pulmão hoje é o enfisema causado pelo tabaco. “Não há sofrimento maior do que tentar respirar e não conseguir. É uma morte lenta e angustiante.”

Rotary, educação e saúde caminhando juntas

A presença de Isadora também marcou a participação do Rotary Club de Vacaria, parceiro histórico da Feira do Livro e da promoção de ações de saúde. Ela explicou que o Rotary indicou o nome de Dr. Camargo como patrono do evento e organizou, em parceria com a Liga Feminina de Combate ao Câncer e o Lions Club, um jantar beneficente para arrecadar fundos à UPA de Vacaria.

“Foi um sucesso de público e solidariedade. E o mais importante: decidimos tornar essa iniciativa anual. A modernização dos equipamentos e os medicamentos precisam ser constantes”, afirmou.

Dr. Camargo reforçou: “Não pode ser um episódio isolado. A reposição e a modernização são necessidades contínuas.”

Entre a medicina e a escrita: o bisturi e a caneta

Além do bisturi, o médico Dr. José Camargo também se consagrou pela palavra. Seus livros e palestras humanizam a medicina e aproximam o público da vida e da morte de forma serena. Ele defendeu a medicina narrativa, prática que estimula os alunos a aprenderem com as histórias dos pacientes.

“O estudante aprende ouvindo o outro. Quando ele entende o que é vulnerabilidade, sai melhor como ser humano”, explicou.

O médico ainda lembrou um episódio curioso: “Um paciente pediu para montar os instrumentos cirúrgicos só depois da anestesia. Disse que o barulho dos metais o apavorava. Percebi como cada detalhe importa para o bem-estar do paciente.”

O menino de Vacaria que virou referência mundial

Ao final, Lucas perguntou o que restava do menino vacariano no homem que hoje é referência internacional. Dr. Camargo sorriu e respondeu: “Minha escolha por medicina foi uma fantasia infantil. Eu queria ser o Dr. Antunes. E, de alguma forma, consegui.”

Entre risos e lágrimas, encerrou com uma lição: “A medicina é a arte de cuidar de gente. E enquanto houver gente, haverá necessidade de médicos que escutam, acolhem e curam — com o coração antes das mãos.”

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