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Em Meio à Incertezas Econômicas, Há Caminhos Possíveis e Seguros no Cooperativismo

Em um cenário em que o Brasil enfrenta instabilidades econômicas acentuadas – como a recente disputa tarifária com os Estados Unidos, a pressão nos preços de produtos básicos e os reflexos sobre a inflação e os juros – é natural que as pessoas se sintam inseguras sobre os próximos passos.

Em Meio à Incertezas Econômicas, Há Caminhos Possíveis e Seguros no Cooperativismo

Como agir? Como proteger o que já foi conquistado? Onde buscar apoio?

Essas perguntas nortearam a edição do podcast Diário de Valor e Negócios, que contou com a participação de Jaibé Pelissari e Vinicius Dapper, dois profissionais com longa trajetória no Sicredi em Vacaria, com muita experiência para oferecer reflexões úteis, baseadas na experiência de quem escuta e acompanha de perto as dúvidas da população.

Três momentos fundamentais: desenvolvimento, prosperidade e dificuldade

Jaibé Pelissari trouxe logo no início um ponto relevante: o entendimento de que cada pessoa vive uma etapa diferente em sua trajetória. Por isso, a busca por soluções precisa considerar esse contexto.

“O nosso papel é estar ao lado do associado quando ele está em fase de desenvolvimento, quando alcança a prosperidade e também quando enfrenta dificuldades”, explicou. Essa fala ajuda a lembrar que os ciclos financeiros são naturais, e que o importante é não enfrentá-los sozinho.”

Proximidade como ferramenta de entendimento

Vinicius Dapper destacou que, ao longo dos anos, percebeu como o vínculo com as pessoas vai além do atendimento técnico. As histórias, as relações e as decisões muitas vezes envolvem questões emocionais e familiares. E isso reforça a importância da escuta.

“Muitas das relações que começaram por conta do Sicredi se tornaram amizades. O que ajuda é entender que cada pessoa tem uma realidade própria”, observou. Esse entendimento personalizado permite que se converse com clareza sobre o que faz ou não sentido para cada um, especialmente diante de momentos delicados.

Pertencer a uma solução coletiva

Uma reflexão marcante da conversa envolveu o cooperativismo como alternativa concreta em momentos como o atual. Segundo Jaibé, o cooperativismo não é apenas um modelo de negócio, mas sim um sistema que busca equilibrar objetivos econômicos com responsabilidade social.

“Somos uma instituição financeira, mas o que nos move é também o desenvolvimento da comunidade. Isso não pode ser separado”, explicou. Essa lógica ajuda a entender por que, em vez de enxergar clientes, se enxerga associados que fazem parte da construção conjunta da instituição.

Dono e participante: uma nova forma de olhar para sua relação com o sistema financeiro

Durante a conversa, surgiu a ideia de que no cooperativismo, as pessoas não são apenas usuárias do serviço – são parte dele. “Ser dono de uma cooperativa significa ter direitos, mas também responsabilidades. E isso vale especialmente em momentos como o atual”, disse Vinicius.

Essa visão ajuda a esclarecer uma dúvida comum: por que manter um relacionamento financeiro forte com uma cooperativa? A resposta está na consciência de que os resultados, os investimentos e o crescimento da instituição também pertencem a quem participa dela.

O desafio de atender a realidades muito diferentes – e ao mesmo tempo

Um dos pontos mais interessantes da conversa foi quando se discutiu o cenário atual de múltiplas gerações convivendo no mesmo tempo histórico, com diferentes níveis de familiaridade com o mundo digital, diferentes expectativas e comportamentos.

Como atender quem quer resolver tudo pelo celular, e também quem prefere conversar pessoalmente ou trabalhar com boleto? Segundo Jaibé, a resposta está na adaptação constante. “A gente pensa o Sicredi dos zero aos 100 anos. É um desafio diário tentar entregar soluções que façam sentido para perfis tão variados.”

Ele destaca que escutar, testar e ajustar são ações contínuas. Nenhuma estrutura é definitiva. E isso, por si só, já é um indicativo de que existem caminhos possíveis quando se está disposto a construir junto.

Educação financeira como prioridade – e como necessidade

Outro tema levantado foi o tabu que ainda existe dentro das famílias para falar de dinheiro. Segundo Vinicius, essa falta de diálogo acaba dificultando o planejamento e aumentando a vulnerabilidade diante de crises.

“O que a gente percebe é que muitas pessoas não sabem sequer quanto é a renda total da família. Sem essa clareza, fica difícil tomar decisões”, apontou.

A iniciativa de programas de educação financeira – como os que o Sicredi promove em escolas e comunidades – vem justamente dessa constatação: é preciso normalizar o assunto, assim como se fala sobre saúde, alimentação ou educação.

Sobre agir em tempos de instabilidade

Com a inflação instável e os juros ainda altos, surge a pergunta: é hora de investir ou de proteger? A resposta, como destacaram os convidados, não é única. Depende de cada contexto.

“Não existe uma resposta padrão. Tudo vai do estágio de vida da pessoa, da situação do seu negócio, dos seus objetivos. Mas o importante é não ficar parado, não agir no impulso e buscar orientação”, afirmou Jaibé.

Ele lembra que, ao longo de seus 22 anos no Sicredi, já acompanhou outras crises. “Elas foram superadas, e esta também será. Mas o que ajuda a atravessar esses momentos é olhar com atenção, planejar e conversar com quem possa ajudar a enxergar alternativas.”

A sala que serve à comunidade – uma prática simples com significado profundo

No final do episódio, Vinicius compartilhou um exemplo interessante. A nova agência do centro de Vacaria possui uma sala de reuniões aberta para uso da comunidade, onde entidades e iniciativas locais já realizaram encontros e eventos.

“A ideia é que esse espaço sirva para fomentar ideias, dar lugar para quem quer propor algo novo. Porque melhorar a realidade da cidade também passa por dar espaço para a conversa”, destacou.

Juntos se caminha e vence melhor

Lucas, fez uma analogia que resume bem o espírito da conversa: no início da humanidade, quem caçava sozinho, não voltava. Quando se passou a caçar em grupo, todos voltavam – e ainda traziam alimento.

Essa é a base da reflexão que ficou após o episódio: em tempos difíceis, é na cooperação, na escuta e na ação conjunta que se encontra um caminho. Não há garantias, mas há possibilidades. E contar com instituições que compreendem a realidade local e caminham junto faz uma diferença real.

Cooperativismo, Sicredi

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