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DNIT em Vacaria: O que poucos sabiam e o 3º episódio do Diário na Estrada revelou

Vacaria tem DNIT e ele está mais próximo e atuante do que parece

No terceiro episódio do podcast Diário na Estrada, produzido pelo Diário de Vacaria, um tema técnico, necessário e surpreendentemente próximo ganhou destaque: o DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

DNIT em Vacaria: O que poucos sabiam e o 3º episódio do Diário na Estrada revela.

Convidado especial do episódio, Daniel Bencke, chefe da unidade local do DNIT, compartilhou em detalhes a realidade da atuação do órgão federal em Vacaria e como o DNIT influencia diretamente na vida dos moradores e motoristas da região.

O episódio também contou com a presença dos anfitriões Nicão, da Trans Maso, e Alemão do Top da Boleia e Lucas do Diário de Vacaria. Foi uma conversa clara, técnica e recheada de explicações sobre como as rodovias federais que cortam Vacaria são mantidas, monitoradas e planejadas — mostrando que o DNIT não está só em Brasília, mas está ativo e presente aqui mesmo, nos Campos de Cima da Serra.

Uma autarquia nacional com presença local e concreta

Logo na abertura da entrevista, Daniel Bencke desmistificou a estrutura do DNIT e explicou que o órgão possui unidades descentralizadas nos estados, responsáveis por trechos específicos da malha federal.

A unidade de Vacaria, uma das oito existentes no Rio Grande do Sul, administra três importantes rodovias federais: a BR-116, a BR-285 e um segmento da BR-470.

“Vacaria não é apenas passagem. Ela é centro de operação e base de gestão técnica do DNIT para vários trechos estratégicos da região”, explicou Bencke.

Com sede física no município, a unidade possui engenheiros, técnicos e contratos operando constantemente para monitorar, conservar, restaurar e expandir as estradas.

Os trechos atendidos: de Santa Catarina a Nova Petrópolis

O engenheiro destacou que a BR-116, sob responsabilidade de Vacaria, vai da divisa com Santa Catarina até o viaduto de Nova Petrópolis.

Já a BR-285 cobre desde São José dos Ausentes até a entrada de Lagoa Vermelha, nas proximidades de Barretos. A BR-470, por sua vez, é atendida no trecho entre Barracão e Lagoa Vermelha.

Essas rodovias são essenciais não apenas para o trânsito de cargas e passageiros, mas para o escoamento agrícola e o desenvolvimento regional.

Além disso, como bem lembrou o participante Nicão, muitos motoristas evitam rotas tradicionais e passam pela região de Vacaria justamente pela segurança e fluidez da pista.

Calamidades e respostas rápidas: o DNIT esteve presente

Outro ponto que surpreendeu muitos ouvintes foi o relato da atuação do DNIT durante os eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul, especialmente em maio de 2024.

Segundo Bencke, mais de 135 pontos de queda de barreiras foram registrados e tratados, com destaque para intervenções na região entre Galópolis e Nova Petrópolis, e também em São Marcos.

“A ponte sobre o Rio Caí, por exemplo, foi construída em tempo recorde. Em questão de meses, entregamos uma estrutura nova, com investimento de R$ 35 milhões”, disse.

Ao todo, já foram investidos mais de R$ 500 milhões apenas em obras emergenciais nesses trechos, o que inclui contenções, restaurações e recuperação de infraestrutura crítica.

O mito do DNIT distante e a realidade da operação em Vacaria

Ao longo do episódio, um dos principais objetivos do programa foi atingido: desfazer a ideia de que o DNIT é um órgão distante, inacessível e centralizado em Brasília.

Daniel Bencke foi enfático ao mostrar que Vacaria possui uma equipe presente, que percorre as pistas todos os dias, mantém contato com empresas contratadas, atua em emergências, realiza monitoramento técnico e dialoga diretamente com o poder público municipal.

“Temos engenheiros que circulam diariamente pelas rodovias, fiscalizando, acompanhando contratos de manutenção e avaliando as condições do asfalto, acostamentos, sinalização e segurança”, afirmou.

A força das parcerias com o município

Uma parte importante da entrevista foi dedicada às parcerias entre DNIT e Prefeitura. Bencke explicou que, embora obras maiores dependam de orçamento federal e aprovação em Brasília, muitos projetos locais podem ser feitos em conjunto.

Um exemplo disso é o viaduto da Avenida Moreira Paz, cuja obra foi iniciada em gestões anteriores e deve ser concluída até o fim de 2025 com apoio técnico do DNIT.

Além disso, o engenheiro anunciou em primeira mão que o próximo foco será o projeto de um novo viaduto na Avenida Samuel Guazelli.

O DNIT deverá arcar com os estudos técnicos e geológicos iniciais, enquanto a prefeitura poderá contratar o projeto executivo e buscar recursos para execução.

O trânsito urbano e os desafios no perímetro da BR-285

Outro ponto levantado por Lucas e Nicão foi a situação crítica do trânsito urbano da BR-285, especialmente entre os bairros Gloria e Jardim América.

A região, que abriga comércio, residências e tráfego pesado, tem sofrido com congestionamentos e falta de fluidez. Segundo Daniel Bencke, a avenida militar já não possui mais características de rodovia e se comporta hoje como uma rua urbana.

“É uma área que cresceu para cima da rodovia. O acostamento virou estacionamento. O viaduto férreo, por exemplo, tem limitação de altura e largura, mas não dá para remover sem impacto imenso”, disse. A solução, segundo ele, está em projetos de contornos urbanos, como já existem em cidades como Passo Fundo, Santa Maria e Chapecó.

A ligação com a Serra da Rocinha: divisor de águas para Vacaria

Um dos trechos mais empolgantes do podcast foi a análise da futura ligação da BR-285 com a Serra da Rocinha. Para Daniel Bencke, a conclusão dessa conexão marcará um antes e depois na história logística e econômica de Vacaria.

“A gente vai se tornar um eixo natural de ligação entre o centro do Brasil e o litoral catarinense. Vai mudar o fluxo de cargas, de turistas, de negócios. Vacaria será o ponto de convergência. É inevitável”, declarou.

A infraestrutura na Serra da Rocinha, segundo ele, já está com avanços significativos, incluindo uma ponte de 400 metros de comprimento por 62 metros de altura sobre o Rio das Antas.

Mesmo com dificuldades climáticas que afetam a produtividade no inverno, o cronograma aponta para conclusão até o final de 2026.

E agora? O que Vacaria pode fazer?

Na parte final do programa, Lucas Barp conduziu uma reflexão importante sobre o papel da comunidade e das lideranças políticas. Para Daniel Bencke, a mobilização regional é essencial para tirar do papel grandes projetos como contornos urbanos, viadutos e melhorias integradas.

A união entre DNIT, prefeitura, Câmara de Vereadores e bancada parlamentar pode destravar investimentos e garantir um planejamento estruturado.

“O que falta muitas vezes não é recurso, mas projeto. É preciso saber quanto custa uma obra, apresentar projeto técnico aprovado, e só então bater na porta de Brasília. O DNIT pode ajudar nisso, sim. Estamos aqui para isso”, concluiu.

Uma autarquia de portas abertas, um podcast que aproxima

Ao final do episódio, o sentimento comum foi de surpresa positiva. O DNIT, muitas vezes visto como distante, mostrou estar presente, acessível e ativo dentro de Vacaria.

O 3º episódio do podcast Diário na Estrada cumpriu sua missão: aproximar o cidadão vacariense do DNIT, mostrar que a gestão rodoviária possui desafios sim, inclusive muitos conhecidos, mas é feita com seriedade e que os caminhos para uma cidade mais organizada estão, sim, sendo trilhados e mais uma vez apontam para a união da comunidade através da sua representatividade política.

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