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Diário Pet: Dr. Felipe Farias e Dra. Dienifer Sutil falam sobre os cuidados com Coração dos pets

Quem convive com cães e gatos sabe como esses animais transformam a rotina de uma casa. Além do carinho e da companhia, eles exigem cuidados com a saúde. Um ponto que cada vez mais é observado é o coração dos pets, e Vacaria possui sim estrutura para esse tipo de cuidado.

Diário Pet: Dr. Felipe Farias e Dra. Dienifer Sutil falam sobre os cuidados com Coração dos pets.

Para falar sobre esse tema, o último Diário Pet recebeu a médica veterinária Dienifer Sutil e o médico veterinário Dr. Felipe Farias com especialização em cardiologia, mestrado e doutorado em fisiologia, que compartilharam conhecimentos sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas em pets.

Sintomas que podem confundir os tutores

Dienifer destacou que os primeiros sinais de problemas cardíacos costumam ser cansaço, tosse persistente, dificuldade para respirar e inchaço abdominal. Em muitos casos, esses sintomas são confundidos com gripe ou engasgo, atrasando o diagnóstico.

“Muitos tutores chegam acreditando que o pet está engasgado, quando na verdade pode ser uma doença cardíaca instalada”, explicou.

A paixão pela cardiologia veterinária

Felipe contou que desde o início da faculdade tinha a cardiologia como foco. Primeiro voltado para equinos, mas com o tempo direcionou sua atuação para cães, gatos e até animais não convencionais, como furões e coelhos.

“Sempre tive certeza da veterinária, e dentro dela a cardiologia foi minha paixão”, afirmou.

Raças com maior predisposição

Entre os cães, os de pequeno porte, como poodles, spitz e pinschers, são mais predispostos a problemas nas válvulas cardíacas. Já os de grande porte, como pastores alemães, apresentam mais risco de desenvolver cardiomiopatias, que afetam o músculo do coração. Nos gatos, as doenças mais frequentes também envolvem alterações na musculatura cardíaca.

Check-up: chave para a longevidade

Segundo Dienifer, quando o pet apresenta sintomas, a doença geralmente já está avançada. Por isso, ela defende a mudança de mentalidade dos tutores.

“Com o check-up, conseguimos aumentar o tempo e a qualidade de vida. Quando diagnosticamos cedo, estabilizamos o coração antes que os sintomas apareçam”, destacou.

Felipe reforçou que até filhotes podem nascer com problemas cardíacos, sendo fundamental avaliar o coração já nas primeiras consultas e vacinações.

Tecnologia que transforma a rotina clínica

Os avanços tecnológicos também fizeram diferença. Dienifer lembrou que, há menos de dez anos, o diagnóstico dependia basicamente de estetoscópio e raio-X.

Hoje, exames como o ecocardiograma e o eletrocardiograma à distância permitem precisão e rapidez. Felipe ressaltou que os equipamentos usados em pets são os mesmos da medicina humana, inclusive sondas pediátricas.

“Se a clínica me enviar um eletrocardiograma, consigo laudar mesmo que esteja em outro país”, exemplificou.

Estresse e idade também pesam

O estresse dos animais durante exames pode dificultar diagnósticos, principalmente em gatos. Alguns precisam de medicação prévia para se acalmar, enquanto outros permanecem tranquilos.

Já em relação à idade, eles explicaram que pets idosos podem enfrentar doenças adquiridas, mas não estão impedidos de realizar procedimentos.

“Um idoso com check-up cardíaco em dia tem plenas condições de ser anestesiado com segurança”, afirmou Dienifer.

Tosse crônica: sinal que não pode ser ignorado

A tosse prolongada é um dos sinais mais comuns de cardiopatia. Muitos tutores se acostumam com o sintoma, mas ele pode indicar coração dilatado ou líquido nos pulmões.

“Quando ignorada, a tosse pode levar o paciente a emergências graves, inclusive durante a madrugada ou finais de semana”, alertou Dienifer.

Alimentação e diferenças em relação ao ser humano

A relação entre alimentação e coração é distinta entre humanos e pets.

Nos cães, não há a mesma predisposição ao infarto porque possuem vascularização colateral abundante. A dieta à base de rações balanceadas também reduz riscos. Já em espécies como papagaios, o excesso de sementes pode causar problemas. Nos gatos, a falta de taurina pode levar a cardiomiopatias.

Emergências exigem ação rápida

Quando o animal apresenta falta de ar ou cansaço extremo, os tutores devem levá-lo imediatamente ao veterinário.

“Em casa não é possível oferecer oxigênio ou remover líquidos do pulmão. A primeira medida é procurar atendimento o mais rápido possível”, orientou Felipe.

Clima e riscos cardíacos

A variação brusca de temperatura, comum na serra gaúcha, pode descompensar animais com doenças cardíacas. Durante o frio, o organismo concentra sangue no centro do corpo, aumentando a sobrecarga do coração.

“O check-up antes do inverno é essencial para evitar crises”, destacou Felipe.

Setembro Vermelho e a importância da prevenção

O mês de setembro marca a campanha Setembro Vermelho, dedicada à conscientização sobre doenças do coração. Para os especialistas, o recado principal aos tutores é a prevenção.

“Não esperar os sintomas aparecerem é o caminho para garantir mais anos de vida com qualidade ao lado dos pets”, concluiu Felipe.

Cuidar do coração dos pets é mais do que um ato de amor, é uma responsabilidade que garante não apenas mais anos de vida, mas anos vividos com saúde e qualidade.

A mensagem deixada pelos veterinários é clara: prevenção é sempre o melhor caminho. Check-ups regulares, atenção aos sinais e acompanhamento profissional permitem que cães e gatos vivam plenamente, em sintonia com os corações daqueles que tanto os amam.

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