Combate à Dengue: Vacaria Intensifica Medidas Preventivas

O Brasil enfrenta um surto de dengue em 2024, com 512 mil casos registrados, conforme dados do Ministério da Saúde.

A imunização através de vacinas começou recentemente, priorizando crianças de 10 a 11 anos de idade. No entanto, a disponibilidade inicial de doses é limitada, abrangendo apenas cerca de 10% dos municípios brasileiros.

A vacinação, realizada exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visa conter a propagação da doença, que já resultou em 75 mortes confirmadas e outras 217 em investigação.

O fornecimento de doses é restrito devido a limitações na produção pela Takeda, o que levou o Ministério da Saúde a receber pouco mais de 6 milhões de doses, entre compras e doações.

Fenômenos climáticos, como o El Niño e as chuvas intensas no Rio Grande do Sul, podem ter contribuído para o aumento dos casos no Estado.

Em resposta, o governo estadual intensificou as medidas de combate à doença, incluindo a aplicação de inseticidas em áreas afetadas, como ocorreu recentemente em Vacaria.

Autoridades de saúde alertam que todo o estado requer atenção, especialmente as regiões Norte e Missioneira, que apresentam os maiores índices de infestação do mosquito transmissor.

A população também é instruida a adotar medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti e o uso de repelentes.

No Rio Grande do Sul, dos 497 municípios, 466 enfrentam infestação pelo mosquito, resultando em mais de 6 mil casos notificados e confirmados, com duas mortes registradas até o momento.

A situação levou o governador Eduardo Leite a buscar apoio do governo federal para distribuir mais vacinas contra a dengue no estado.

Enquanto isso, a Secretaria Estadual de Saúde continua seus esforços de controle da doença, destacando a importância da vigilância e da participação da comunidade no combate ao mosquito vetor.

Na última sexta-feira (10), em Vacaria, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, realizou a aplicação de inseticida para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti no bairro Franciosi, as ruas Belo Horizonte, Minas Gerais, Dom Pedro II e Protásio Alves foram atendidas, garantindo a cobertura total da área.

Ações simples, como a limpeza de recipientes que possam acumular água, são cruciais para interromper o ciclo de vida do mosquito.

Os sintomas da dengue incluem febre alta, dores no corpo e de cabeça, náusea, vômito e manchas vermelhas na pele, entre outros. É essencial buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas, especialmente para crianças e idosos, que podem desenvolver complicações graves.

Quais cuidados tomar?

– Vedar totalmente caixas d’água;
– Limpar calhas, retirando folhas e sujeira, para evitar acúmulo de água;
– Limpar ralos e aplicar tela para evitar a formação de criadouros;
– Limpar bandejas de ar-condicionado ou descartá-las;
– Vedar totalmente galões, tonéis, poços, latões e tambores, inclusive aqueles usados para água de
consumo humano;
– Esticar lonas para evitar acúmulo de água;
– Tratar piscinas e fontes com produtos químicos específicos;
– Guardar, em locais cobertos, objetos como pneus;
– Armazenar garrafas vazias com a boca para baixo;
– Virar baldes com a boca para baixo;
– Tampar vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual, renovando a água semanalmente;
– Esvaziar os pratos dos vasos de plantas ou preenchê-los com areia;
– Esvaziar a água acumulada na bandeja da geladeira;
– Esvaziar a água acumulada semanalmente de algumas plantas, como espada-de-são-jorge e bromélias (que podem acumular água entre as folhas)

Principais sintomas

– Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
– Dor retroorbital (atrás dos olhos);
– Dor de cabeça;
– Dor no corpo;
– Dor nas articulações;
– Mal-estar geral;
– Náusea;
– Vômito;
– Diarreia;
– Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.