Vape com aroma agradável, nicotina e consequências como câncer é apreendido pela PC
Simples e aromatizado o Vape é mais uma dessas modinhas inconsequentes, com algumas substâncias no vapor que podem levar a danos pulmonares graves e, às vezes, à morte. Mesmo assim, os compradores insistem em buscar no mercado, que diante da demanda, acaba por sua vez, fazendo a oferta mesmo que de forma ilegal.
Essa ilegalidade não foge aos olhos da segurança pública que responde ao crime identificado.
A Polícia Civil de Vacaria realizou na tarde de quarta-feira, 21 de agosto, uma operação para aprender 13 cigarros eletrônicos em uma tabacaria e conduziu a proprietária à Delegacia para responder a procedimento criminal.
Mais uma vez a segurança pública entra em cena, deixando de atuar em casos complexos, para obviamente cumprir a lei, em algo que poderia ser evitado se a relação ilegal da procura x oferta não existisse.
O inofensivo Vape é um problema sério de saúde que sem dúvida alguma precisa ser conhecido pela sociedade. (leia mais nas informações abaixo)
Sobre os Cigarros Eletrônicos e Seus Riscos
Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, são dispositivos que vaporam um líquido que geralmente contém nicotina, propilenoglicol, glicerina e aromatizantes. Diferentemente dos cigarros tradicionais, que queimam tabaco, os vapes utilizam um sistema de aquecimento para transformar o líquido em vapor.
Embora muitas pessoas considerem os cigarros eletrônicos uma alternativa menos prejudicial aos cigarros tradicionais, a evidência científica aponta para uma série de riscos associados ao seu uso.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, CDC), a Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos EUA (Food and Drug Administration, FDA) e outros parceiros de saúde clínica e pública estão investigando um surto nacional nos Estados Unidos de lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico ou vaping.
Por que o cigarro eletrônico é prejudicial?
- Nicotina: A substância mais conhecida, a nicotina, causa vício e dependência, assim como no cigarro convencional. Ela interfere no sistema nervoso central, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial.
- Substâncias Químicas: O vapor produzido pelos cigarros eletrônicos contém uma mistura complexa de substâncias químicas, muitas delas tóxicas e com potencial cancerígeno. Algumas dessas substâncias podem causar danos aos pulmões, coração e sistema cardiovascular.
- Metais Pesados: O aquecimento do líquido do cigarro eletrônico pode liberar metais pesados como chumbo e níquel, que são prejudiciais à saúde.
- Partículas Finas: O vapor inalado contém partículas finas que podem penetrar profundamente nos pulmões, causando inflamação e danos às vias aéreas.
- Doenças Respiratórias: O uso regular de cigarros eletrônicos está associado a um maior risco de desenvolver doenças respiratórias, como bronquite e enfisema.
- Doenças Cardiovasculares: O cigarro eletrônico pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral.
- Câncer: Estudos indicam que o uso prolongado de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de desenvolver diversos tipos de câncer, incluindo câncer de pulmão.
- Danos Cerebrais: A nicotina presente no cigarro eletrônico pode afetar o desenvolvimento do cérebro em adolescentes, prejudicando a memória e a capacidade de aprendizado.
Para adolescentes e jovens adultos, que são particularmente suscetíveis aos efeitos da nicotina, o uso de vapes pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral e aumentar o risco de uso de outras substâncias.
Dada a crescente preocupação com esses riscos e a necessidade de proteger a saúde pública, a Anvisa mantém a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil. A agência continua a monitorar e avaliar novas evidências científicas para ajustar suas diretrizes e garantir a segurança dos consumidores.
Detalhamento das normas e penalidades relacionadas à proibição
A proibição, confirmada em 19 de abril de 2024, inclui a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda desses dispositivos.
O regulamento não altera a proibição do uso desses dispositivos em ambientes coletivos fechados, que está em vigor desde 1996 pela Lei 9.294. A Anvisa também se comprometeu a realizar revisões periódicas da literatura científica sobre o tema e permitirá que novos dados sejam apresentados para análise.
As penalidades para o descumprimento das normas incluem advertência, interdição, recolhimento e multa, conforme as Leis 9.294/1996 e 6.437/1977. A Vigilância Sanitária municipal deve ser notificada sobre qualquer comercialização de cigarros eletrônicos, e eventuais infrações serão comunicadas ao Ministério Público para apuração.
Desde a Resolução RDC 46 de agosto de 2009, que estabeleceu a proibição, a Anvisa tem revisado suas políticas periodicamente, incluindo consultas públicas e análises técnicas para fundamentar suas decisões regulatórias.