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CSG

A escolha mais difícil do caminhoneiro: suportar a saudade ou enfrentar junto os riscos da estrada

Escrito em 24/11/2025. Postado em Bombeiros, Destaque Diário de Vacaria, Diário de Vacaria, Motorista e Caminhão.

Estudio

O coração de quem vive na boleia precisa ser mais forte do que qualquer motor.

De um lado, o caminhoneiro que fecha a porta de casa e deixa a família no portão, com saudade apertando o peito a cada quilômetro. Do outro, o pai que decide levar junto quem ama, acreditando que assim protege, aproxima, cuida.

Entre esses dois extremos, está a estrada — que não negocia erro, não perdoa descuido e, às vezes, cobra um preço alto demais.

Nos últimos meses, três acidentes graves envolvendo caminhões com familiares a bordo rasgaram o coração dos Campos de Cima da Serra. Famílias destruídas, sobreviventes sem chão. E, no meio de tudo isso, uma pergunta incômoda, que ninguém gosta de enfrentar:

Até que ponto a boleia pode ser lugar de família?

O domingo de sirenes na BR-285

Era volta de feriadão da Consciência Negra, o primeiro após muito tempo com estrada cheia de verdade. BR-285 carregada de carros, caminhões, ônibus, gente tentando voltar para casa depois de dias de descanso. O fluxo intenso exigia atenção redobrada em cada ultrapassagem, em cada curva, em cada freada.

Estudio

O Diário de Vacaria buscou a PRF e foi atendido pelo Chefe Rodrigo Pizzolato para alertar os motoristas sobre o cuidado no Feriadão (Confira aqui o registro)

Por volta das 10h deste domingo (23), a Polícia Rodoviária Federal foi acionada para atender um sinistro de trânsito com morte no km 161 da BR-285, em Muitos Capões, um local conhecido principalmente pelo risco de uma curva forte onde outros acidentes já foram registrados.

Veja as imagens áreas da curva conhecida como curva do Deoclécio

Um caminhão Scania, emplacado em Fraiburgo (SC), que seguia no sentido Vacaria–Lagoa Vermelha, tombou e colidiu contra o barranco.

O Diário de Vacaria esteve no local, acompanhando de perto o trabalho da PRF, do Corpo de Bombeiros de Vacaria e dos bombeiros de Muitos Capões. A cena era de silêncio pesado, cortado apenas pelo som dos geradores dos desencareceradores do Corpo de Bombeiros em ação.

Acompanhe aqui os Bombeiros trabalhando na Cabine do Caminhão

Um resgate cercado risco, dificuldade e dor

O caminhão tombado escorria óleo pelo tanque rompido. O cheiro forte do diesel e o líquido no asfalto anunciavam outro risco: qualquer faísca poderia transformar aquele cenário numa bola de fogo. Mesmo assim, bombeiros se aproximavam sem hesitar. Não havia tempo a perder, um menino estava lá.

Dentro da cabine, viajavam três pessoas: o motorista, de 35 anos, uma mulher de 41 anos e uma criança de 4 anos. A passageira morreu no local. O menino ficou com o pé preso nas ferragens, em uma posição difícil, exigindo um trabalho delicado dos socorristas.

O pai, motorista, acompanhava, de perto, o esforço das equipes. Era visível a dor de quem queria arrancar o caminhão com as próprias mãos para tirar o filho dali. Mesmo sob o risco real de incêndio, os bombeiros permaneceram firmes, focados em libertar a criança com vida. Cada movimento do desencarcerador na lata amassada era uma corrida contra o tempo.

O local do acidente não tinha sinal de internet. Por isso, o Diário precisou se afastar para conseguir transmitir. Ainda assim, os registros foram feitos mostrando a atuação das equipes e o drama daquela família. O menino foi resgatado com vida e encaminhado ao Hospital de Vacaria. A mãe não teve a mesma chance.

  • 1ª Atualização – Reportagem no local
  • 2ª Atualização – Bombeiros resgatam a criança
  • 3ª Atualização – Movimentação do Resgate

A curva do Rio Pelotas e o peso de uma tragédia anunciada

Esse não foi o primeiro episódio recente em que a boleia carregava, além da carga, uma família inteira. Em outubro, na BR-116, na última curva antes da ponte sobre o Rio Pelotas, em Vacaria, outro caminhão tombou e matou a filha de seis anos e a companheira de um caminhoneiro.

O veículo saiu da pista em um ponto conhecido por motoristas como trecho crítico, especialmente para caminhões em descida longa e freio exigido ao limite.

Veja a Matéria Completa sobre este acidente aqui no Diário de Vacaria

Naquela noite, o Diário de Vacaria também esteve presente, registrando o trabalho do Corpo de Bombeiros, da PRF, das equipes da concessionária e do SAMU. Mais uma vez, o que se viu foi uma cabine transformada em cenário de dor: brinquedos, roupas, objetos pessoais espalhados entre ferragens.

A insistência de acidentes naquele ponto levanta questionamentos sobre a necessidade de melhorias estruturais, como áreas de escape, reforço de sinalização e ações educativas específicas para motoristas de veículos pesados que descem a serra com família a bordo.

Outra família destruída em carreta tombada no interior do RS

Poucos meses antes, em Ipê, uma carreta tombou e tirou a vida de um pai e de duas crianças. A dinâmica muda, o local muda, mas o padrão se repete: caminhão, família junto, tombamento, morte de quem estava na cabine. O que era para ser uma viagem de convivência vira, em segundos, um ponto final.

Esses três casos não são estatística distante. São histórias reais que conversam entre si e expõem, de forma dolorosa, o mesmo eixo: o caminhoneiro dividindo a boleia com quem ama.

O que a lei diz quando o amor entra na cabine

A legislação brasileira não traz um artigo específico sobre o assunto. A Lei 13.103/2015, a chamada Lei do Motorista, fala de jornada, descanso e condições de trabalho, mas não cita familiares ou acompanhantes na cabine.

Na prática, o que vale é o conjunto de regras do Código de Trânsito Brasileiro e das resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN. De forma simples, a situação hoje é esta:

O veículo só pode transportar o número de pessoas previsto no documento. A lotação indicada no CRLV precisa ser respeitada, inclusive em caminhões. Se a cabine é para três, são três pessoas — não mais.

Todos os ocupantes da cabine devem usar cinto de segurança, inclusive em veículos de carga com mais de 3,5 toneladas. Cinto no banco do meio, cinto no banco suplementar, cinto sempre.

É proibido transportar pessoas no compartimento de carga ou sobre a carroceria, salvo situações muito específicas e autorizadas, com veículo adaptado, bancos instalados, cintos, proteção lateral e permissão formal do órgão de trânsito, como previsto no artigo 108 do CTB e na Resolução 508/2014. Não é o caso de famílias viajando informalmente.

Ou seja: levar família na cabine não é, por si só está cercado de exigências rigorosas de segurança. E, quando essas condições não são atendidas, o risco deixa de ser apenas emocional para se tornar também jurídico.

O coração dividido de quem vive da estrada

Na prática, o caminhoneiro vive um conflito que poucas profissões impõem com tanta força. Se viaja sozinho, sofre com a saudade dos filhos, da companheira, da rotina de casa. Se leva a família junto, dorme com medo de que qualquer imprevisto na estrada atinja justamente quem ele mais tenta proteger.

A boleia de dias melhores, da brincadeira, das fotos e histórias, pode se transformar, em segundos, em cenário de sirenes, peritos e despedidas.

Os três acidentes citados deixam isso à mostra de maneira brutal. Em todos eles, havia um pai ao volante. Em todos, havia crianças ou companheiras na cabine. Em todos, uma família a menos voltando para casa.

Depois do luto, o que precisa mudar

O retorno do Diário de Vacaria do local de uma ocorrência como a de Muitos Capões, não traz na bagagem apenas imagens e informações. Traz o olhar do pai segurando o choro, o cansaço dos bombeiros que ficaram entre o óleo e o risco de fogo, o silêncio pesado da PRF depois de confirmar mais uma morte na rodovia.

Esse debate não pode parar aí. É hora de discutir, com seriedade, três frentes ao mesmo tempo: educação e conscientização de quem viaja com a família na boleia; fiscalização do cumprimento das normas de segurança, especialmente para crianças; e melhorias estruturais em pontos críticos das rodovias da região, onde a combinação de serra, curva, peso e falha mecânica se repete.

A estrada nunca será um lugar sem risco, mas cada escolha pode aproximar a chegada e afastar a tragédia. Enquanto isso, a BR-285 segue aberta, a BR-116 segue em curva, os caminhões continuam cortando os Campos de Cima da Serra e famílias seguem confiando que o próximo retorno vai ser diferente.

O Diário de Vacaria seguirá na margem da estrada, registrando, cobrando e lembrando: por trás de cada cabine tombada, há uma história que não pode ser tratada apenas como mais um boletim de ocorrência.

Acidente, BR116, BR285, Caminhão, Caminhões, Caminhoneiro, Estrada

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