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Sicredi

Do Avô ao Neto: o Legado de Valores do Sicredi ao longo de 37 anos

Nesta edição especial do Diário de Negócios e Valores, em clima de celebração pelos 37 anos do Sicredi, Mario Antonio Maurina, presidente do Sicredi Altos da Serra RS/SC participou do podcast compartilhando com emoção e profundidade a trajetória do Sicredi, destacando suas origens, valores e impacto na vida das pessoas.

Do Avô ao Neto: o Legado de Valores do Sicredi ao longo de 37 anos.

Em uma conversa marcada por memórias pessoais e visão de futuro, Maurina traça um retrato do cooperativismo que nasce da necessidade e se fortalece com valores humanos.

“O Sicredi é mais do que uma instituição financeira. Ele é parte da vida das pessoas”, destacou o presidente logo no início da entrevista. Com 37 anos de história, o Sicredi Altos da Serra constrói uma ponte que conecta passado, presente e futuro, com base em princípios que não mudam.

Quando tudo começou: cooperar para existir

A origem do Sicredi Altos da Serra remonta ao final da década de 1980, quando pequenos agricultores da região de Tapejara enfrentavam dificuldades de acesso ao sistema financeiro tradicional. À época, Mario presidia o sindicato rural local e ouvia diariamente as angústias dos produtores.

As instituições financeiras não tinham as condições de atender todos da mesma forma, assim surgiu a necessidade de criar uma nova alternativa.

“No cooperativismo, nada se faz sozinho. É sempre uma construção coletiva”, disse. A partir desse desejo conjunto, nasceu a cooperativa, movida pelo propósito de atender não apenas o presente, mas também preparar o futuro.

Princípios que não mudam, mesmo com o tempo

Apesar das transformações tecnológicas e do crescimento exponencial, o Sicredi Altos da Serra manteve-se fiel às suas raízes. “Nunca mudamos nosso modelo de atendimento. O contato humano segue essencial.”

Enquanto outros bancos encerram agências, o Sicredi segue na direção oposta, inaugurando unidades e fortalecendo relações com as comunidades.

Em Vacaria, por exemplo, três agências atendem à população. A mais recente delas conta com um espaço de inovação e colaboração.

Do berço à conta: o elo afetivo

Mário compartilhou a experiência pessoal de abrir contas no Sicredi para seus quatro netos. “Mais do que dinheiro, eu quis deixar valores. Quis mostrar que eles fazem parte de algo maior.”

Essa prática, comum em muitas famílias do Sul, é um gesto simbólico que representa confiança, pertencimento e continuidade. O cooperativismo, nesse contexto, é uma ponte geracional, onde princípios como solidariedade, respeito e participação são transmitidos naturalmente.

Tecnologia com propósito: inovação a serviço da comunidade

O Sicredi não se afastou da inovação.

Pelo contrário: investiu em contas digitais, canais de autoatendimento e estruturas modernas. Mas tudo isso mantendo o atendimento humano e a presença física como diferençial.

“A tecnologia é importante, mas ela é o meio. O fim é o relacionamento, é a confiança, é a construção coletiva”, ressaltou Maurina.

As salas de inovação, hoje presentes nas agências, como a de Vacaria, servem como extensão dos negócios e dos sonhos dos associados.

História preservada: memória como ferramenta de futuro

Com a criação do Centro Histórico Cultural, o Sicredi Altos da Serra busca preservar sua trajetória. “Infelizmente perdemos muitos registros. Mas ainda temos fundadores vivos, com histórias para contar.”

O centro guarda desde réplicas de equipamentos até depoimentos gravados, incluindo curiosidades como o primeiro computador da cooperativa, adquirido com a doação de 100 sacos de soja.

“Essa história precisa ser contada, precisa ser lembrada.” Destacou Mario.

Do Sul ao desenvolvimento: a expansão consciente para SC

Após consolidar sua atuação em quase todos os municípios do Rio Grande do Sul, o Sicredi Altos da Serra atravessou a fronteira e passou a operar também em Santa Catarina. Hoje, são 43 municípios atendidos em dois estados.

“Estamos presentes tanto em cidades grandes como Lages, quanto em pequenas como Ciro Negro. Nosso compromisso é com a comunidade, não com o tamanho do mercado.”

Fundo social e propósito coletivo: quando crescer é ajudar

O crescimento do Sicredi também se reflete no investimento social.

Em Vacaria, já foram apoiados 25 projetos através do fundo social da cooperativa. “Não estamos aqui só para gerar lucro. Nosso papel é ajudar a desenvolver a comunidade.”

Mário destacou que onde há cooperativas, os indicadores de qualidade de vida melhoram. “O ambiente familiar se fortalece, os negócios prosperam e a sociedade vive melhor.”

Mensagem ao futuro: participação é o caminho

Para Maurina, o futuro do Sicredi está nas mãos das novas gerações. “O jovem precisa conhecer o cooperativismo, entender que aqui ele é dono, participa das decisões e ajuda a construir a história.”

Ele reforça que não há milagres, apenas trabalho, dedicação e compromisso com a verdade. “Sozinho, eu não construo nada. Mas juntos, podemos transformar a nossa sociedade.”

Uma jornada de três décadas e meia que não para de crescer

Com mais de 150 mil associados, o Sicredi Altos da Serra celebra seus 37 anos com os olhos voltados para o futuro. E com os pés fincados na terra firme dos valores que construíram sua base.

É uma história que passa do avô ao neto. De quem plantou, colheu e ensinou a cooperar. E de quem está chegando agora, pronto para continuar escrevendo esse legado.

Cadernos, Campos de Cima da Serra, Diário de Vacaria, Rio Grande do Sul, Sicredi, Vacaria

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