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Mulher de Fases: No Podcast – Mulheres no Agro: a força feminina no agronegócio

O sexto episódio do podcast Mulher de Fases, produzido pelo Núcleo da Mulher Empreendedora da CIC Vacaria, foi dedicado ao tema Mulheres no Agro, em homenagem ao Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho. A gravação contou com o apoio da CIC Vacaria, Diário de Vacaria, Magia do Plátano, Floricultura Benedet e o patrocínio da Agostini Agronegócios.

Mulher de Fases: No Podcast – Mulheres no Agro: a força feminina no agronegócio

Na abertura, Piera Hoffmann, psicóloga e apresentadora, destacou que a presença feminina no agronegócio cresceu 44% nos últimos anos, impulsionada também pelo maior nível de escolaridade das mulheres.

Citou ainda a conquista recente de Mariangela Hungria da Cunha, pesquisadora da Embrapa, que recebeu em 2025 o maior prêmio mundial de alimentação e agricultura, considerado o “Nobel da Agricultura”.

Caminhos diferentes, mas a mesma paixão

O bate-papo reuniu três convidadas: Ingrid Arns, engenheira agrônoma e diretora técnica da Arns Pesquisa e Agricultura; Ana Agostini, administradora e gestora da Agostini Agronegócios e Guerta Hoffmann Arns, zootecnista, chef de cozinha, produtora rural e empresária no ramo de eventos.

Guerta contou que seu primeiro contato com o agro veio após o casamento, ao mudar-se para Vacaria, onde o esposo já trabalhava na área. Atuou em escritório de produtor rural e depois seguiu no próprio negócio.

Ingrid relatou a origem agrícola da família, com o avô e o pai dedicados à agricultura. Morou na fazenda até os 14 anos e sempre teve interesse pelo campo, especialmente pela genética. Optou pela agronomia e, em 2016, criou a Arns Pesquisa e Consultoria, para atender demandas específicas da região dos campos de altitude.

Ana contou que, na Agostini Agronegócios, empresa que atua na corretagem de grãos há quatro anos, o maior desafio foi fazer com que pessoas mais velhas respeitassem a opinião de pessoas mais jovens, especialmente de mulheres. Ela relatou que precisou afirmar sua posição e ter sua opinião levada em consideração, e disse sentir-se muito orgulhosa por ter conquistado esse reconhecimento.

O olhar feminino no campo

As convidadas destacaram que a mulher contribui de forma significativa para o agro, seja em funções gerenciais, na produção ou nos bastidores. Falaram sobre a sensibilidade, o “feeling” e o cuidado característicos do olhar feminino, que ajudam na gestão de equipes e na construção de relações de confiança.

Guerta e Ingrid reforçaram que o objetivo não é competir com os homens, mas somar habilidades. Para elas, a mulher mantém funções essenciais, como apoiar a família, formar valores nas próximas gerações e cuidar do bem-estar de todos que fazem parte do negócio rural.

Desafios de um ambiente tradicional

O grupo conversou sobre barreiras ainda presentes no setor, como o preconceito e a resistência à presença feminina. Ingrid observou que a postura profissional ajuda a quebrar o gelo em ambientes dominados por homens, criando abertura para o diálogo e a troca de experiências.

A importância do agro para todos

Guerta fez uma reflexão sobre a forma como o agronegócio é visto pela sociedade e ressaltou que o alimento não vem diretamente da prateleira, mas do trabalho de famílias que dedicam sua vida à produção.

Criticou a forma como, em alguns materiais escolares, o produtor rural é retratado como destruidor do meio ambiente, lembrando que ele é legalmente obrigado a preservar áreas e cumprir normas rígidas.

As participantes concordaram sobre a necessidade de ensinar desde cedo às crianças a importância do agro para a alimentação e a economia, e de valorizar quem trabalha no campo.

Equilibrando vida e carreira

As convidadas também falaram sobre como conciliar a vida profissional com a pessoal, especialmente a maternidade. Todas destacaram que não é preciso adotar um perfil masculino para ser reconhecida e que manter a essência feminina é uma força.

Ingrid observou que cada mulher deve buscar uma carreira que traga satisfação e equilíbrio com a vida familiar, sem adiar sonhos como ter filhos por medo de prejudicar a profissão. Ana acrescentou que trabalhar com amor é essencial para inspirar os filhos.

Quem vive o agro: essência, equilíbrio e paixão pelo que faz

As histórias compartilhadas neste episódio mostram que o agro é feito de muito mais do que máquinas e lavouras: ele é movido por pessoas, por valores e pela paixão de quem acredita no que faz. No campo, na pesquisa ou na gestão, essas mulheres provaram que competência, sensibilidade e coragem andam lado a lado.

O episódio foi encerrado com a lembrança de que “cuidar da terra é cuidar do futuro” e com o desejo de que as histórias dessas mulheres inspirem outras a ocuparem espaços no campo e nos negócios com coragem e dedicação.

CIC, Mulher de Fases, Vacaria

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