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Acelera Diário: Mário Guizolfi com as histórias do seu Telmo Guizolfi no Especial para o Dia dos Pais

Podcast chega ao episódio 15 celebrando histórias que atravessam gerações no universo dos carros antigos

No 15º episódio do podcast Acelera Diário, do Diário de Vacaria, a celebração do Dia dos Pais foi o pano de fundo para uma conversa emocionante sobre tradição, paixão e legado familiar no universo do antigomobilismo local.

Conduzido por Lucas e Digão, o programa reuniu depoimentos carregados de memória e sentimento, com destaque para a participação especial de Mário Guizolfi, figura conhecida pelo envolvimento com carros antigos e por perpetuar, junto ao pai Telmo Guizolfi, uma herança que vai além da garagem.

Acelera Diário: Mário Guizolfi com as histórias de Telmo Guizolfi no Especial para o Dia dos Pais

Logo na abertura, Lucas e Digão celebraram a marca de quinze semanas de programa e agradecem as empresas que apoiam o projeto.

“Quero te agradecer, Digão, por todas essas histórias que a gente vem construindo juntos, porque cada vez parece que a gente acaba mergulhando em histórias incríveis”, comenta Lucas, reforçando o espírito coletivo e de amizade que define o Acelera Diário.

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Vacaria e o Automobilismo: Profissionalismo, História e Apoio Local

O cenário do automobilismo em Vacaria é apresentado como um fenômeno local que envolve gerações. Mário Guizolfi destaca: “Vacaria, como o Digão falou, é uma cidade que cresce muito nesse ramo. Temos bons profissionais aí na área de tudo: eletricista, estofador, chapeador, mecânica, desde os primórdios, dos carburadores, nós temos gente adequada para trabalhar nisso.”

A fala reconhece o papel da cidade como celeiro de mão de obra especializada e apaixonada por carros antigos, algo que se fortalece com o tempo.

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Cada marca merece nossa consideração pela importância de acreditar na valorização do automobilismo local. A conexão entre os negócios e os apaixonados por carros reforça o sentido de comunidade e tradição que se expressa em cada edição do podcast.

Carros, Infância e Tradição Familiar: Uma Paixão que Não Sai

Mário Guizolfi detalha como sua ligação com os carros antigos é uma herança direta do pai: “Eu nasci já dentro de carro antigo. Meu pai sempre trabalhou com isso. Quis isso e teve isso. Então eu já nasci dentro de um carro antigo. Quando eu nasci, meu pai já lidava com isso e me ensinou a gostar. E eu venho com isso até hoje e gosto e não só gosto, amo como tenho e quero ter mais.”

Ele reforça que o sentimento vai além da simples admiração: “É um veneno que não sai. A gente pensa em outras coisas que a gente tem que investir, mas sempre com aquela ideia: não, tem que guardar um dinheiro para comprar o outro. Isso vem da família.

” O desejo de transmitir a paixão ao filho Bernardo é mencionado diversas vezes, com a ressalva de que o caminho do filho será sempre uma escolha pessoal.

Memórias e Carros Marcantes: Da Funerária ao Zé do Caixão

A tradição de carros antigos na família começa cedo, mas também passa por períodos difíceis. Mário conta que o pai precisou vender parte da coleção por questões financeiras, mas a memória dos modelos permanece viva:

“Meu pai teve muitos carros: Ford 29, Chevrolet 51, Chevrolet 38, Ford FC, Dojão, Dodge Charger, Galaxy, Galaxy funerária – meu pai tinha funerária – caminhãozinho, Jeep, Rural, Fuca, Opala, Kombi, teve inúmeros carros.”

O relato revela um contexto em que carros eram adaptados e revendidos para outras funerárias, mostrando criatividade e empreendedorismo.

As histórias também abordam a relação de Telmo com o ato de dirigir: “O que ele gostava mesmo era de V8. Ali ele é que nem eu, eu gosto de tudo que é carro. Não tem carro feio. Eu gosto de Ferrari a Fuca.”

Mário reforça que o amor não é só pelos carros “de sonho”, mas por qualquer carro bem cuidado, original, independente de status. E o que marca a escolha por um modelo?

“Eu acho que é uma mistura de tudo”, diz, mencionando que seu sonho atual é uma D20, caminhonete que marcou sua adolescência por representar liberdade, diversão e momentos de juventude.

A Caminhonete D20 e os Rituais da Juventude em Vacaria

A relação com a D20 é descrita de forma nostálgica. Mário explica que o carro não é apenas uma máquina, mas um símbolo de uma época de descobertas:

“Foi num momento que comecei a sair de casa, ir pras festinha, pra andar, me divertir. Bem no auge da adolescência, me marcou por ser aquele momento.”

Ele descreve os sábados em que passava o dia limpando a caminhonete para sair à noite, enfrentando ruas sem asfalto e o cotidiano de Vacaria.

Os apresentadores resgatam a Vacaria de décadas passadas, descrevendo as ruas de calçamento, a circulação entre praças, docerias e outros pontos tradicionais.

Mário reconhece que tudo isso faz parte das memórias que se renovam a cada nova geração.

Feiras, Customização e a História do Fuca “Zé do Caixão”

Um dos pontos altos do episódio é a história do Fusca quatro portas, chamado Zé do Caixão, adquirido por Telmo de maneira quase instantânea:

“Meu pai indagou o cliente se ele queria vender o carro, mesmo tendo acabado de comprar. Fez uma proposta, pagou mais e comprou. Foi o primeiro.”

A narração mistura humor e nostalgia, e reforça que muitas vezes o envolvimento com os carros nasce de oportunidades casuais, não de planejamentos.

As feiras e encontros de carros antigos também são citadas como parte do ritual familiar, mas sem regras rígidas: “Meu pai sempre gostou muito de V8, então queria ver primeiro os carros V8, depois os outros. Mas gostava de tudo que é tipo de carro.”

Mário relata ainda o processo de customização do Fusca, que recebeu motor de Santana, rodas 17, freios de disco ventilados e adaptações técnicas. Na época, a documentação era facilitada, diferente dos dias atuais: “Foi gasto muito dinheiro, hoje tá tudo obsoleto, mas tá lá, tá guardado. E documentado com roda 17, com suspensão, tudo como está.”

Desafios Atuais: Burocracia e Dificuldade de Regularização

O episódio reserva espaço para discutir os entraves legais e burocráticos enfrentados hoje pelos proprietários de carros antigos e customizados. Mário relata: “A parte de documentação é a pior parte que existe num carro antigo hoje. Se tu compra um carro que tá num celeiro lá de placa amarela, tu demora 3 anos para documentar. Se tu compra um carro que já seja placa três letras, tu não consegue transferir porque não é apto a transferência por causa dos pneus, motor. Tu faz tudo novo, mas não pode trocar o motor de 1200 para 1600.”

Os participantes reconhecem que esse é um tema recorrente e sem solução à vista, pois as leis não acompanham a paixão, o conhecimento técnico e o desejo de preservar a cultura automotiva.

A Herança e o Legado: Família, Ensinamento e Emoção

Mário é questionado sobre o aprendizado deixado por Telmo e sobre como vê sua missão agora como pai. O convidado destaca: “Quero ensinar meu filho a gostar, mas não quero que ele seja obrigado. Se ele quiser outra linha, ele vai seguir o que quiser.”

Emocionado, relata que “o que meu pai deixou para mim é indescritível, porque eu gosto de todos os carros, todos. Se tu me apresentar qualquer carro, eu gosto.”

O programa mostra imagens de Mário e Telmo juntos 43 anos atrás, atrás da antiga funerária Guisolf, e Mário e Bernardo no Custom Show em julho. O simbolismo das imagens reforça a transmissão do amor pelos carros de geração para geração. Mário revela que está preparando um carrinho motorizado para o filho, seguindo o ritual iniciado pelo pai.

A Conexão dos Carros com as Histórias de Vida

O tema da transmissão de valores se estende ao fim do episódio. “O quanto os carros, o automobilismo em si, conecta momentos, conecta as famílias”, comenta Lucas, ao notar as semelhanças entre as fotos antigas e atuais. Para os apresentadores, cada relato confirma que o automobilismo em Vacaria é, acima de tudo, um elo familiar.

Mário se emociona ao dizer: “Meu sonho, meu pensamento era ter uma garagem de carro, comprar e vender carro. Mas fui percebendo que era muito chato para negócio, porque queria tudo perfeito, não dava para ser negociador. O carro é coisa que tá no teu sangue, mas não é para negócio.” Ele reflete sobre o quanto o pai influenciou e como o legado é preservado com autenticidade.

Dia dos Pais: Entre Saudade e Novos Começos

O programa é encerrado com mensagens sobre o significado do Dia dos Pais para Mário: “Vai ser o primeiro sem ter pai, mas vai ser o primeiro sendo pai. Eu vivi minha vida inteira junto com meu pai, só lembro das coisas boas. Ele tá num lugar bem bom e tá dizendo para mim: ‘Mário, vai cuidar do meu neto aí, leva aquilo que eu te ensinei pra ele e deu.’”

Os apresentadores convidam os ouvintes a celebrarem os próprios laços familiares e a transmitirem valores sólidos, como aqueles vistos ao longo dos 15 episódios do Acelera Diário.

A mensagem final reforça: “São valores sólidos, valores bonitos, que levam pra frente os princípios de família, trabalho e dedicação, que fazem parte do automobilismo e das vidas de quem participou aqui.”

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