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Acelera – Do Chevette ao Híbrido: Franco fala da Covibras, Chevrolet e da Franco Multimarcas

A história do automobilismo em Vacaria tem rostos, marcas e motores que aceleram além da estrada. Um desses rostos é o de Franco Bernardi Franco. Seu pai ingressou no universo das concessionárias ao começar a trabalhar na histórica Covibras, representante Chevrolet e Honda na cidade.

Com apenas dois anos de idade na época, Franquinho como é conhecido, cresceu respirando o ar dos carros e caminhonetes novos, que faziam parte dos sonhos de muitos por essas terras. Desde cedo, o som de um motor funcionando ou sendo testado, era tão familiar quanto o barulho dos brinquedos no pátio.

Acelera – Do Chevette ao Híbrido: Franco fala da Covibras, Chevrolet e da Franco Multimarcas

Durante o 11º episódio do podcast Acelera Diário, conduzido por Lucas e Digão, Franquinho compartilhou um pouco da sua trajetória e a de sua família, que moldou não apenas sua carreira, mas também uma parte significativa da história automobilística da cidade.

Crescer dentro da Covibras foi, para ele, como frequentar uma escola paralela: aprendia-se com os mecânicos, vendedores e os próprios carros.

O fim de uma era e o nascimento de uma nova

Quando a Chevrolet iniciou, em meados de 2013/2014, um movimento de reestruturação nacional, buscando agrupar concessionárias familiares em grandes grupos empresariais, a Covibras enfrentou o dilema que tantas outras vivenciaram: expandir ou vender. A família de Franco optou pela venda, encerrando um capítulo de décadas de confiança e credibilidade com a Chevrolet em Vacaria.

Mas como em toda boa história, esse encerramento foi apenas o ponto de partida para um novo ciclo. Em agosto de 2013 nascia a Franco Multimarcas, uma loja de veículos seminovos e usados, fundada por Franquinho e seu pai, carregando consigo a mesma confiança e o respeito construídos ao longo de anos de atendimento na antiga concessionária.

A fidelidade dos clientes e o valor do legado

Perguntado sobre a recepção da nova loja pela comunidade, Franquinho foi categórico: “Não foi uma transferência total dos clientes da Covibras, mas muitos vieram conosco, e até hoje estão com a gente.” Isso se deve, segundo ele, ao vínculo criado nas décadas anteriores — relações baseadas em confiança, atendimento de qualidade e presença constante.

Essa fidelidade também se estendeu a antigos colaboradores. Funcionários como a Sirlei, por exemplo, permaneceram no ramo, mantendo viva a memória de uma concessionária que marcou gerações.

A loja Franco Multimarcas, embora com uma proposta diferente — mais focada em seminovos multimarcas — se tornou um espaço onde o passado e o presente da indústria automotiva local se encontram.

De consumidor a consultor: o novo papel do vendedor de veículos

A transição de Franquinho de espectador para empreendedor também reflete mudanças na maneira como as pessoas compram carros. “Hoje o vendedor é quase um consultor”, afirma.

Isso porque o cliente atual não procura apenas um veículo bonito ou com bom preço, mas também um parceiro de confiança que saiba orientá-lo sobre manutenção, revenda, consumo, disponibilidade de peças e outros aspectos fundamentais.

Isso se torna ainda mais relevante quando falamos de carros seminovos ou usados, em que o histórico do veículo e o pós-venda fazem toda a diferença. Por isso, a loja mantém uma oficina parceira que garante revisões rigorosas antes da entrega dos veículos, além de oferecer suporte técnico após a venda.

Do Chevette ao SUV: a evolução das preferências e da tecnologia

A conversa também percorreu um túnel do tempo repleto de memórias nostálgicas. Os Chevettes, D20, Monza, Opala e tantos outros ícones dos anos 80 e 90 marcaram a infância de Franquinho e dos próprios apresentadores. Ele lembrou, por exemplo, do primeiro Corsa que chegou a Vacaria, ainda em 1994, exibido no rodeio da cidade como símbolo da modernidade da época.

Com o passar dos anos, o mercado se transformou drasticamente. Carros automáticos, SUVs, centrais multimídia, sensores de ré, direção elétrica e tecnologias híbridas ou elétricas tornaram-se comuns — ou mesmo obrigatórios — no portfólio das montadoras.

A abertura do mercado nos anos 90, por exemplo, permitiu a chegada de veículos mais tecnológicos, inclusive asiáticos, que mudaram para sempre o padrão de qualidade e expectativa do consumidor.

O desafio da manutenção e a escolha consciente

No entanto, nem todas as novidades foram bem absorvidas no mercado brasileiro, especialmente em cidades de porte médio como Vacaria. Marcas como Hyundai e Chery, por exemplo, enfrentaram dificuldades em suas primeiras incursões, principalmente pela escassez e o alto custo de peças de reposição.

É aí que a consultoria se faz essencial. Franquinho destacou o papel do vendedor em orientar sobre a viabilidade de manutenção futura de modelos menos tradicionais e alertou: “Hoje, um carro pode ter o melhor preço, mas se você não consegue encontrar peças ou mão de obra especializada, ele se torna um problema.”

Ele reforça a importância de avaliações estruturais e consultas veiculares — como as realizadas pela empresa de vistoria cautelar SuperVisão — e sugere sempre conversar com mecânicos de confiança antes de fechar a compra.

E o futuro? A paixão pelo carro vai continuar?

Ao olhar para frente, a pergunta que inquieta os apaixonados por automóveis é: as próximas gerações terão o mesmo encanto por carros? Franquinho acredita que não da mesma forma que no passado.

A relação da juventude com a mobilidade mudou. Aplicativos de transporte, bicicletas elétricas, scooters e até o próprio transporte coletivo passaram a dividir espaço com a figura tradicional do automóvel.

Ainda assim, ele acredita que o carro continuará sendo importante — especialmente em regiões como Vacaria, onde a dependência do transporte individual ainda é grande. “Em cidades grandes, o carro é uma opção. Aqui, ele é necessidade.”

Carros elétricos e híbridos: o que esperar da revolução energética

No tema dos carros elétricos, Franquinho mantém uma visão pragmática. Para ele, os 100% elétricos ainda são uma experiência cara e pouco adaptada à infraestrutura brasileira, especialmente no interior.

Já os híbridos — especialmente os que se autoalimentam e não exigem recarga em tomadas — são o verdadeiro futuro da mobilidade.

A ausência de infraestrutura para abastecimento elétrico em regiões mais afastadas, além da autonomia limitada de muitos modelos, tornam o carro híbrido uma escolha mais racional. Ele alia a eficiência do motor elétrico à segurança do motor a combustão para longas distâncias.

Confiança é o combustível da venda

Ao final do episódio, Franquinho compartilhou dicas valiosas para quem está prestes a trocar de carro. Entre elas, destaca:

  • Avaliar o histórico do veículo;
  • Buscar laudos técnicos confiáveis;
  • Levar o carro a um mecânico conhecido;
  • Escolher uma loja que ofereça pós-venda comprometido;
  • E, acima de tudo, comprar um carro que gere identificação pessoal.

“A confiança é tudo”, resume. “A pessoa que compra um carro, seja ele de 10 ou de 100 mil reais, está fazendo um esforço enorme. A gente tem que valorizar isso.”

Chevrolet, Franco Multimarcas, Vacaria

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